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Empresas podem obter empréstimos a partir de recebíveis de cartões de crédito e débito

Banco Central estima que os recebíveis de cartões têm potencial para movimentar até R$ 1,8 trilhão por ano.



Os lojistas já podem registrar as receitas recebidas por meio de vendas realizadas no cartão. O Banco Central (BC) confirmou a medida, depois de dois adiamentos, na última segunda-feira (7). A expectativa dos empresários é a redução dos juros de empréstimo com garantia fornecida por meio dos recebíveis bancários de cartões de crédito e débito.

De acordo com a Agência Brasil e segundo nota enviada pelo Banco Central, a medida aumentará a concorrência entre as instituições financeiras, permitindo a redução do spread bancário – diferença entre as taxas pagas pelas instituições para captarem recursos e as taxas cobradas dos clientes.

Dessa forma, o empresário ou empresária será capaz de dividir as agendas de recebíveis, em lotes de dezenas ou centenas de transações. Com isso, também se torna possível estabelecer negociações entre várias instituições financeiras diferentes ao mesmo tempo, a fim de conquistar o melhor empréstimo possível.

Aqui também vale destacar que os recebíveis em questão valem tanto para as vendas efetuadas com cartão de crédito e com cartão de débito. Como as empresas credenciadoras vão registrar essas transações, os comerciantes e empresários poderão conseguir empréstimos ao oferecer os recebíveis para cobrir eventuais inadimplências ou até mesmo revender as receitas que têm direito a receber nas vendas realizadas com maquininhas.

Implantação do sistema

De acordo com as informações divulgadas pelo BC e pela Agência Brasil, atualmente existem três empresas autorizadas a operar como credenciadoras de recebíveis no Brasil. São elas: CIP, Cerc e Tag. 

No entanto, as companhias citadas alegaram dificuldades na montagem dos sistemas e pediram ao Banco Central os adiamentos da data prevista para entrada em vigor do registro, inicialmente acordada para ocorrer em 3 de novembro do ano passado (2020). 

A data havia passado para 17 de fevereiro deste ano e foi novamente adiada para 7 de junho deste ano, esta última confirmada pelo Banco Central e oficializada nesta semana.

Os adiamentos acarretaram transtornos e, por conta do segundo, o Banco Central do Brasil multou uma das companhias em R$ 30 milhões, além de obrigar a empresa a assinar um termo de compromisso em que prometia resolver as dificuldades tecnológicas até o início de junho deste ano.

Economia em movimento

As informações da Agência Brasil explicam que a autarquia estima que os recebíveis de cartões têm potencial para movimentar até R$ 1,8 trilhão por ano no Brasil. Desse valor, R$ 1 trilhão correspondem às transações realizadas com cartões de crédito e R$ 800 bilhões ao fluxo gerado com cartão de débito.

O novo sistema também deve aumentar a segurança para as instituições financeiras. Atualmente, um mesmo recebível pode ser dado como garantia para mais de um banco. Com o registro centralizado em vigor, isso não será mais possível.

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