Dados da Pnad Contínua – Rendimento de todas as fontes 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trazem um levantamento interessante em relação à renda do brasileiro. As informações permitem analisar onde cada cidadão está inserido na pirâmide econômica tendo como base seu rendimento mensal.
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Segundo os resultados da pesquisa feita pelo instituto, não é preciso ganhar muito para estar entre os 5% mais ricos do Brasil.
Isso porque, entram nessa faixa os cidadãos que ganham até R$ 10.313 de renda mensal média. Por outro lado, para figurar entre os 1% mais ricos do país, é preciso apresentar rendimentos mensais de R$ 28.659 por mês.
O grupo é composto majoritariamente de profissionais liberais (advogados e engenheiros), pela elite do funcionalismo público (promotores, procuradores e auditores da Receita), além de empresários, artistas, milionários e bilionários. Lembrando que estes são considerados o topo do pirâmide.
Já para se estar entre os 10% mais ricos do país, é preciso garantir renda média de no mínimo cinco salários mínimos.
Mas e a base? Como fica? De acordo com o estudo, cerca de 90% dos brasileiros possuem renda inferior a R$ 3,5 mil (a média é de R$ 3.422). Desse total, 70% ganham até dois salários mínimos, quantia de R$ 1.871 para o salário mínimo de R$ 998 em 2019.
Por todos esses dados, é possível chegar à seguinte conclusão: não é difícil estar na porção “mais rica” quando se vive em um país em que muita gente vive com pouco. Ou seja, do ponto de distribuição de renda, não é preciso tanto para ser considerado rico no Brasil.