A Uber anunciou nesta quinta-feira, 6, que dará fim às operações de delivery de restaurantes pela Uber Eats no Brasil. A empresa passará a focar no serviço de entrega de supermercados e outras lojas, movimento que justificou como uma “mudança de estratégia”.
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“A Uber vai alterar sua estratégia de delivery no Brasil, desativando o serviço de intermediação de entrega de comida de restaurante […] O serviço de intermediação de entrega de comida continuará disponível até o dia 7 de março”, comunicou.
Em parceria com a Cornershop by Uber, a intermediação de entrega de compras de supermercados, atacadistas e lojas especializadas será o novo foco do aplicativo. Além disso, a modalidade Uber Flash continuará possibilitando a entrega de pacotes aos consumidores.
Outro plano da empresa é ampliar o Uber Direct, serviço de entregas no mesmo dia da compra.
Projeto de lei
Na véspera do anúncio, o presidente Jair Bolsonaro sancionou um projeto de lei que determina que aplicativos de delivery são obrigados a pagar auxílios aos entregadores em casos de acidentes de trabalho ou de contaminação por Covid-19. A Uber, entretanto, não citou a medida em seu comunicado sobre o fim do serviço de entrega de restaurantes.
O projeto aprovado pelo Congresso Nacional no início de dezembro garante direito a assistência financeira por 15 dias para trabalhadores que contraírem a doença. O prazo pode ser prorrogado por mais duas semanas, dependendo da situação.
A empresa deve oferecer remuneração equivalente à média dos três últimos pagamentos mensais do entregador. Caso ele preste serviços para mais de um aplicativo, a indenização será responsabilidade da companhia para a qual ele estiver trabalhando no momento do acidente. A decisão tem validade até o fim da pandemia.