O WhatsApp lançou há alguns meses um novo recurso que possibilita que uma mesma conta seja usada em até quatro dispositivos. Além do celular onde ela está conectada, é possível receber as mensagens de outros três computadores com o WhatsApp Web.
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A função dispensa que o celular esteja conectado à internet, uma inovação entre os aplicativos de mensagem. Contudo, por mais útil que a novidade possa ser, ela também oferece alguns riscos.
“Agora, o dispositivo tem um pouco de vida própria e um histórico próprio de mensagens. Ou seja, quando você apagar um histórico de mensagens em um dos dispositivos da conta, ele não necessariamente será excluído automaticamente dos outros aparelhos”, explica Marcus Garcia, vice-presidente de tecnologia empresa especialista em soluções digitais FS Security.
“Essa quebra de sincronia pode fazer com que seja um pouco mais difícil perceber se a sua conta está sendo utilizada em paralelo por um cibercriminoso”, acrescenta.
As mensagens continuam sob a proteção da criptografia de ponta a ponta, mas os golpistas passam a ter a chance de acessar a conta em outro dispositivo. Essa pode ser uma brecha para criminosos que aplicam golpes pela internet.
Como se proteger?
O especialista recomenda revisões periódicas para evitar ser vítima de golpes no Whatsapp. “Com essa atualização, você precisa sempre saber em quais aparelhos fez essas autorizações de uso e, se for um usuário assíduo dessa nova funcionalidade, de tempos em tempos deve fazer uma revisão para lembrar em quais telefones ou computadores deixou a sua conta conectada”, diz.
Ele também sugere que o usuário evite conectar sua conta em computadores públicos. Mas se isso for necessário, a dica é sempre se certificar de que fez o logout antes de finalizar o uso.
“Eu, particularmente, ainda não vou usar essa nova funcionalidade no início. Prefiro a anterior, porque tenho mais controle da conta. O fato de estar tudo espelhado em apenas um celular me dá mais segurança sobre o que está acontecendo em cada conversa e sobre o conteúdo que está sendo tratado em cada uma delas”, finaliza.
