O governo federal lançou na última quinta-feira, 17, um pacote de medidas que têm como objetivo estimular a economia brasileira. Entre elas está a criação de uma linha de crédito consignado para beneficiários do programa Auxílio Brasil.
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Nessa modalidade, o desconto das parcelas é feito direto na folha de pagamento ou benefício do contratante. Assim, as chances de inadimplência ficam praticamente zeradas, possibilitando a cobrança de taxas de juros reduzidas.
O empréstimo também atenderá pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) da assistência social. O benefício é pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.
Polêmica
A novidade causou polêmica desde a primeira vez em que se ouviu falar dela, ainda no lançamento do Auxílio Brasil. Para os especialistas, ela tem um grande potencial para aumentar o endividamento entre o público do programa.
Embora tenha sido retirada inicialmente na medida provisória que criou o benefício, ela agora retorna como parte do pacote econômico. Técnicos do governo estimam que a taxa de juros será de até 3% ao ano, e que o usuário poderá comprometer entre 30% e 40% do valor recebido.
Um dos principais defensores da proposta é o ministro da Cidadania, João Roma. Segundo ele, as famílias de baixa renda já contratam crédito, mas a diferença é que agora terão uma opção sem juros abusivos.
Auxílio Brasil
O programa de transferência de renda que substituiu o Bolsa Família atende famílias em situação de extrema pobreza (renda per capita de até R$ 105) e pobreza (renda per capita de até R$ 210). Cerca de 18 milhões de pessoas receberam a parcela de fevereiro.
Até dezembro deste ano, cada beneficiário está recebendo o valor mínimo de R$ 400. No entanto, a partir de 2023, o futuro do Auxílio Brasil ainda é incerto.