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Aneel: reajustes na conta de luz chegam a 24%, mas bandeira verde deve compensar

Bandeira tarifária verde, que não prevê acréscimo na conta, está em vigor no país desde o dia 16 de abril.



A inflação que pressiona o bolso dos brasileiros também pode ser bastante sentida na tarifa de energia. Desde o início de 2022, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajustes de 7% até 24% na conta de luz de consumidores residenciais.

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A maior parte desses aumentos ficou acima dos registrados em 2021, quando houve aumento médio de 8,25% no boleto de energia do consumidor residencial. Os dados também são da Aneel.

A alta é um reflexo direto da inflação, uma vez que os contratos de compra e distribuição de energia são reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M). Em ambos os casos, a inflação medida por eles ultrapassa os 10% em 12 meses.

Reajustes em 2022

Veja na tabela abaixo todos os reajustes aprovados pela Aneel neste ano e a data em que entraram em vigor:

Distribuidora  Reajuste Em vigor desde
Enel Ceará (CE) 23,99% 22 de abril
Neoenergia Coelba (BA) 20,73% 22 de abril
Neoenergia Cosern (RN) 19,87% 22 de abril
Energisa Sergipe (SE) 16,46% 22 de abril
Energisa Mato Grosso (MT) 20,36% 16 de abril
Energisa Mato Grosso do Sul (MS) 16,83% 16 de abril
CPFL Paulista (SP) 13,80% 8 de abril
CPFL Santa Cruz (SP, MG e PR) 7,17% 22 de março
Enel Distribuição Rio (RJ) 17,14% 15 de março
Light (RJ) 15,41% 15 de março
Energisa Borborema (PB) 9,39% 4 de fevereiro

O órgão também autorizou reduções nas tarifas de sete distribuidoras de energia de menor porte. Os cortes são bastante significativos, variando de 3,38% a 26,69%.

Esses reajustes costumam ocorrer anualmente e têm como objetivo repassar ao cliente o aumento dos custos da empresa. Cada distribuidora define a data da mudança, que deve ser aprovada pela Aneel.

Bandeira verde

Apesar das correções de até 24% em 2022, a agência acredita que o fim da bandeira escassez hídrica deve balancear e até anular o aumento na conta de luz. O governo federal aprovou a adoção da bandeira verde, que não prevê cobrança extra na energia, a partir do dia 16 de abril.

Até então, a bandeira de escassez hídrica adicionava R$ 14,20 a 100 kWh consumidos. Ela foi criada em meio à crise energética vivida no ano passado, e ficou em vigor entre setembro de 2021 e 15 de abril de 2022.




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