O aumento nos preços dos combustíveis que pesa no bolso dos brasileiros ficou bem nítido em uma comparação de dados com apenas um ano de diferença. Em abril de 2021, encher o tanque com gasolina custava cerca de R$ 272,50, enquanto hoje o motorista precisa desembolsar R$ 363,50.
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A diferença de R$ 91 tem grande impacto da aceleração dos valores nos últimos três meses. Em janeiro, o custo para completar o tanque era de R$ 332, mais de R$ 21 a menos do que custa agora.
O cálculo leva em conta levantamentos feitos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Os dados da entidade mostram que o litro da gasolina era vendido a R$ 5,45, em média, em abril de 2021. Na semana do dia 23 de abril de 2022, o preço médio chegou a R$ 7,27 o litro.
O aumento desde janeiro deste ano é de 33,4%, percentual bastante superior à prévia da inflação acumulada no período (12,03%). No caso do estado de São Paulo, onde foi encontrado o valor mais alto (R$ 8,60 o litro), um tanque de gasolina sai por R$ 430.
Motivos da alta
As razões para a disparada dos combustíveis são diversas. Especialistas apontam o conflito entre Rússia e Ucrânia, que elevou as cotações internacionais do petróleo. Outra razão é a atual política de preços pela Petrobras, que considera nos cálculos o câmbio e o valor do petróleo no exterior.
O último reajuste feito pela estatal foi de 18,77% no preço da gasolina vendida em suas refinarias. O aumento levou muitos brasileiros que moram na fronteira da Argentina a lotarem os postos do país vizinho em busca de combustível mais barato.
A inflação dos combustíveis é motivo constante de críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro, que se recurso a interferir na Petrobras. Em março deste ano, o general Joaquim Silva e Luna foi tirado do posto de presidente da estatal e substituído por José Mauro Coelho.