Os brasileiros que já sofrem com aumento dos preços de produtos e serviços tiveram uma amostra desse aperto no último levantamento da Dieese. A pesquisa mostra que a alta da cesta básica em 12 meses chega a quase 30% em algumas capitais brasileiras.
Leia mais: Alimentos em parcelas é a saída encontrada por brasileiros com a alta inflação
Outra novidade ruim para os consumidores é que os planos de saúde terão novos reajustes em maio, com aumentos ainda maiores esperados para 2023. O plano é adotar um novo modelo de cálculo para a correção a partir do ano que vem.
Hoje, 7 de abril, é dia de três grupos de beneficiários do INSS receberem seus pagamentos mensais. Confira mais informações nos destaques do dia.
Cesta básica dispara em 12 meses
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou um levantamento que mostra que o preço da cesta básica disparou em março em 17 capitais do país. O aumento acumulado em um ano chega a quase 30% em alguns municípios.
O campeão foi São Paulo (R$ 761,19), seguido de Rio de Janeiro (R$ 750,71) e Florianópolis (R$ 745,47). As menores altas ocorreram em Aracaju (R$ 524,99), Salvador (R$ 560,39) e Recife (R$ 561,57). Em 12 meses, os aumentos variam entre 11,99% e 29,44%.
Os produtos que mais tiveram aumento em São Paulo foram: tomate (35,36%), batata (15,36%), feijão carioquinha (8,62%), café em pó (8,31%), óleo de soja (6,69%), leite integral (6,64%), farinha de trigo (4,70%) e arroz agulhinha (4,07%).
A cesta básica atualmente compromete cerca de 58,57% do salário mínimo líquido das famílias de baixa renda, em média, nas 17 cidades pesquisadas. Em alguns lugares, ela já custa 65% do salário mínimo dessas pessoas.
Novo modelo de reajuste para planos de saúde
Operadoras de plano de saúde de todo o país devem modificar a maneira como calculam os reajustes nos valores de seus produtos a partir de 2023. Especialistas em defesa do consumidor acreditam que a alteração deve deixar os preços ainda mais altos.
As discussões ainda estão no início, mas materiais já vêm sendo preparados para apresentar uma proposta formal à Agência Nacional de Saúde (ANS). Segundo a FenaSaúde, representante das maiores operadoras do setor, a competitividade deve aumentar.
“Se flexibilizar o reajuste, a agência promoverá maior competitividade e premiará quem faz uma boa gestão”, disse Vera Valente, diretora executiva da entidade.
Em maio, os planos de saúde individuais sofrerão aumentos na casa dos dois dígitos. A modalidade representa 20% do mercado, mas recebe pouca atenção das empresas por ter se tornado menos atraente nos últimos anos.
INSS finaliza calendário
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) finaliza hoje o calendário de pagamento de benefícios da competência de março. Os três últimos grupos a receber são os seguintes:
- Segurados que ganham um salário mínimo: número de inscrição final 0;
- Segurados que recebem mais de um salário mínimo: número de inscrição finais 5 e 0.
A consulta de aposentadorias, pensões e outros auxílios pode ser feita no site ou aplicativo Meu INSS, ou ainda pelo telefone 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h.
Vale lembrar que o INSS antecipou o pagamento do 13º salário para mais de 30 milhões de pessoas. O calendário da primeira parcela começa no dia 25 de abril para os que recebem o mínimo, e em 2 de maio para quem ganha acima do piso nacional.