O WhatsApp anunciou o lançamento de série de novidades para os próximos meses, entre elas a função WhatsApp Comunidades. O recurso vai permitir o envio de avisos para milhares de usuários ao mesmo tempo, por meio da reunião de vários grupos.
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Atualmente, os grupos do aplicativo de mensagens mais usado no país permitem a participação de até 256 membros. O Telegram, maior rival da plataforma, aceita até 200 mil participantes por grupo.
Ainda não há detalhes sobre a quantidade de grupos que poderão ser adicionados a uma comunidade, mas o mensageiro citou “limites razoáveis”. As mudanças incluem mais poder para os administradores e têm como foco atender pessoa com os mesmos interesses, como escolas, empresas e congregações religiosas.
Embora a função esteja em fase de testes e seu lançamento mundial tenha previsão para 2022, ela só deve chegar ao Brasil após as próximas eleições.
Polêmica
O aplicativo não permite o reencaminhamento de mensagens para mais de um grupo por vez, decisão tomada para reduzir “significativamente a disseminação de desinformação que possa ser prejudicial nos grupos”.
Com o lançamento do WhatsApp Comunidades, essa possibilidade possivelmente voltará a existir, já que a opção vai reunir diversos círculos de usuários sob um grande guarda-chuva.
A empresa confirmou o adiamento do recurso no Brasil e disse ter informado ao Tribunal Superior Eleitoral que não fará mudanças antes das eleições. O órgão fechou acordos com Facebook, Instagram e outras redes sociais para impedir a propagação de notícias falsas.
Bolsonaro critica decisão
Após o anúncio de adiamento, o presidente Jair Bolsonaro criticou o WhatsApp e chamou de “censura” os acordos feitos com o TSE. Representantes da empresa que se reuniram com o presidente garantiram que o adiamento foi uma decisão corporativa, sem influência do órgão.
“É importante ressaltar que a decisão sobre a data de lançamento deste recurso no Brasil foi tomada exclusivamente pela empresa, tendo em vista a confiabilidade do funcionamento do recurso e sua estratégia de negócios de longo prazo. Essa decisão não foi tomada a pedido nem por acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, afirmou o WhatsApp .
“Continuaremos a avaliar o momento exato para o lançamento da funcionalidade no Brasil e comunicaremos a data quando estiver definida. Reafirmamos que isso só acontecerá após as eleições de outubro”, acrescentou.