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Greve dos caminhoneiros completa 4 anos; Quais as chances de uma nova paralisação?

Com as constantes altas dos combustíveis, entenda quais são as chances de acontecer uma nova greve dos caminhoneiros ainda em 2022.



Há quatro anos, era deflagrada a greve dos caminhoneiros que parou o país em 2018. A paralisação se formou após a Petrobras anunciar no dia 22 de maio daquele ano um reajuste de 0,9% no preço da gasolina e de 0,97% no preço do diesel nas refinarias.

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Na época, o litro da gasolina passou a custar R$ 2,06 e do diesel R$ 2,37. Na tentativa de reduzir os preços, a categoria de trabalhadores reivindicava a diminuição das alíquotas dos impostos cobrados pelos combustíveis, a exemplo, o Cide e o PIS/Cofins.

Os caminhoneiros também pediam a fixação de uma tabela mínima em relação aos valores do frete. Passados quatro anos dessa greve, muitos brasileiros querem saber: com as constantes altas nos combustíveis, existe uma nova chance de paralisação em 2022?

Nova greve dos caminhoneiros pode ocorrer em 2022?

Segundo o Assessor-executivo da Confederação Nacional de Transportadores Autônomos (CNTA), Marlon Maués, é pouco provável que uma greve dos caminhoneiros aconteça em 2022. O trabalhador acusa grandes empresas e transportadoras ligadas ao agronegócio de terem usado os motoristas autônomos como forma de atender seus próprios interesses na greve de 2018.

Segundo Maués, hoje em dia, os trabalhadores entendem melhor que precisam repassar os aumentos no diesel para a composição do preço do frete. Porém, por atuarem de forma hipossuficiente, muitos ficam de mãos atadas e não conseguem seguir a rega. Isso faz com o que o custo seja absorvido por elos intermediários.

Quem também reduz as chances de uma nova paralisação é o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, também conhecido como “Chorão”. Para ele, o cenário de 2022 é diferente daquele de 2018.

“Existe uma situação econômica dentro do nosso país totalmente diferente de 2018. Essa é a nossa grande preocupação, porque a classe média e a classe baixa são as que mais sofrem com a questão da economia. Tivemos a pandemia de Covid-19, e agora, a guerra na Ucrânia”, declarou.

Landim ressalta que muitos caminhoneiros estão pagando para trabalhar, enquanto outros estão deixando o ramo. A solução tem sido dialogar com diversos setores da sociedade, na tentativa de encontrar um equilíbrio econômico. Entretanto, se a conjuntura continuar como está, com sucessivas altas, não haverá outro cenário a não ser uma nova paralisação.




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