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Caminhoneiros ameaçam nova greve e apontam Guedes como culpado

Para lideranças da categoria, o ministro da Economia é o "grande culpado" do "caos" relacionado aos preços dos combustíveis.



Os caminhoneiros estão descontentes com a situação dos preços dos combustíveis no país e por isso ameaçam iniciar uma nova greve. A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) criticou, em nota, o projeto que limita a cobrança do ICMS sobre esses produtos.

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A entidade avalia que a mudança não deve gerar um grande impacto no bolso do consumidor final. Para a categoria, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é o “grande culpado deste caos”.

“O governo se acomodou e, por ironia do destino, o ministro apelidado de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos a este ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel“, afirmou a Abrava.

A perspectiva da associação é que criar um teto para o ICMS pode reduzir os preços por “dois ou três meses”, mas é ineficiente a longo prazo. “Muitas especialistas afirmam que esse problema tem soluções viáveis, mas está claro que essa não é a prioridade, o que vemos é um governo desesperado”, acrescentou.

Novo reajuste

Além possibilidade de fracasso com a medida, a Petrobras sinalizou que pretende anunciar um novo reajuste para gasolina e diesel nos próximos dias.

“Sabemos que a Petrobras deve anunciar novos aumentos para a gasolina e para o diesel, respectivamente 17% e 16%, em breve. Ora, não precisa ser um economista para chegar à conclusão que 2 ou 3 aumentos consumirão toda redução que se pretende fazer por meio dos tributos, correndo o risco de os litros desses combustíveis ficarem ainda mais caros do que são hoje”, disse a entidade.

Caso o caminhoneiro autônomo não “tenha suas despesas de viagem integralmente ressarcidas”, a associação ameaça realizar uma nova paralisação.

“De uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, sem a garantia que o caminhoneiro autônomo tenha suas despesas de viagem integralmente ressarcidas, a categoria vai parar. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável e não demora muito”, completou.




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