Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a Selic de 12,75% para 13,25% ao ano. O aumento de 0,5 ponto percentual foi anunciado nesta quarta-feira, 15.
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Este é o maior patamar da taxa básica básica de juros da economia, que chegou a atingir 13,75% ao ano há seis anos, em dezembro de 2016. O novo reajuste já é o 11º aumento consecutivo feito pelo Copom. Mas não para por aí.
Em um comunicado recém-divulgado, o comitê alega antever um novo aumento da Selic assim que realizada a próxima reunião, que está marcada para acontecer no começo do mês de agosto. A escalada prevista pode ser de igual ou menor magnitude.
Selic x Inflação
Em seu comunicado divulgado nesta quarta-feira, 15, o Copom declarou que a inflação presente no país permanece gerando impactos negativos, tanto de forma passageira como permanente.
Nesse sentido, os principais fatores que contribuem para que alta nos preços e queda no poder de compra dos brasileiros persista incluem:
- Investidores se sentem inseguros em relação ao cumprimento das regras fiscais do país pelo governo brasileiro;
- A alta de preços motivadas por pressões globais e as revisões negativas de crescimento econômico mundial.
Portanto, o objetivo do aumento na taxa de juro é tentar controlar cada vez mais a alta da inflação, assim como o FED (Banco Central americano) fez recentemente, ao elevar a taxa de juros básica dos EUA em 0,75 ponto percentual.
No Brasil, apesar da desaceleração do IPCA – índice que equivale à inflação oficial do Brasil – em maio, o acumulado de 12 meses ainda encontra-se bastante elevado, na faixa dos 11,73%.