Quem está esperando o retorno do sistema do Banco Central para encontrar dinheiro esquecido vai ter que esperar mais um pouco. A autarquia anunciou ontem, 13, que adiou mais uma vez o início da segunda fase de consultas a valores a receber.
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Nesse meio tempo, o mercado espera um novo reajuste na taxa básica de juros (Selic) para 13,25% ao ano. Já o governo prevê mais uma alta nos preços dos combustíveis vendidos nas refinarias da Petrobras.
Ainda nos destaques desta terça-feira, 14, tem notícia boa para muitos brasileiros. O Ministério da Economia autorizou a abertura de novos concursos públicos para o INSS e para a Receita Federal, com mais de 1.700 previstas no total. Veja mais detalhes a seguir.
2ª fase do dinheiro esquecido é adiada novamente
O Banco Central anunciou o segundo adiamento do início da segunda fase do Sistema de Valores a Receber (SVR). A volta dos saques ao dinheiro esquecido estava prevista para o dia 2 de maio, mas precisou ser adiada em razão da greve dos servidores da autarquia.
Cerca 3,6 milhões de pessoas e 19 mil empresas solicitaram um total de R$ 336 milhões durante a primeira etapa. A expectativa para a próxima é que R$ 4,1 bilhões fiquem disponíveis para saque, de um total de R$ 8 bilhões.
As consultas serão realizadas no portal do SVR assim que o BC anunciar o retorno do sistema. Para acessar as informações, o cidadão deve possuir uma conta Gov.br nível prata ou ouro.
A grande novidade esperada para a segunda fase é o fim do agendamento antes do resgate. A partir do retorno do portal, quem encontrar saldo poderá solicitar o resgate do dinheiro já na primeira consulta, o que não era possível até o momento.
A paralisação dos funcionários públicos do Banco Central começou no dia 1º de abril e já provocou atrasos em diversos serviços da autarquia. Os servidores exigem reajuste salarial de 13,5%, entre outras demandas.
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Petrobras deve anunciar novo reajuste para os combustíveis, diz ministério
O Ministério da Economia prevê um novo reajuste nos preços dos combustíveis nas refinarias da Petrobras. Segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo, a correção deve ser anunciada ainda nesta semana.
Os preços do diesel foram reajustados pela última vez há 35 dias, em 8,9%. Já a gasolina não sofre correções há 94 dias, com a última mudança tendo sido de 18,8%.
A defasagem no valor gasolina em relação do mercado internacional chega a 17%, e do diesel a 16%, segundo a Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustível). Os atrasos correspondem a R$ 0,82 e R$ 0,95 por litro, respectivamente.
O último levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo) mostra que o preço médio da gasolina no país é R$ 7,247, enquanto o do diesel custa R$ 6,886.
Enquanto os preços avançam, o presidente Jair Bolsonaro luta pela aprovação do projeto que limita a cobrança do ICMS sobre os combustíveis. Segundo ele, o texto pode reduzir em R$ 2 o valor do litro da gasolina, e em até R$ 1 o do diesel.
“Nós vamos cobrir o ICMS do diesel que é cobrado pelo estados. Nós estamos entrando com uma parte muito grande para diminuir os impostos estaduais. Tem que pensar no povo. Não é o Estado que arrecada, o Estado está perdendo, quem tem que está perdendo é o povo que está pagando a gasolina muito cara”, afirmou Bolsonaro.
ANEFAC prevê aumento da Selic para 13,25% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) Banco Central se reúne nos dias 14 e 15 junho para discutir um novo aumento na Selic, a taxa básica de juros da economia. Segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional de Executivos (ANEFAC), a taxa deve chegar a 13,25% ao ano.
A nova alta deixa as opções de investimento em renda fixa, como os Fundos de Investimento, ainda mais atrativas. A poupança continua valendo mais a pena do que os fundos com taxas de administração superiores a 2,50% ao ano.
Atualmente, a tradicional caderneta de poupança rende a Taxa Referencial + 6,17% ao ano. Essa regra é adotada quando a Selic ultrapassa 8,50% ao ano.
Concursos do INSS e Receita são autorizados
O Ministério da Economia divulgou ontem, 13, portarias com autorizações para a abertura de novos concursos públicos para o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e para a Receita Federal. Ao todo, são mais de 1.700 previstas nos dois órgãos.
As vagas previstas para o INSS são destinadas ao cargo de técnico do seguro social, que requer ensino médio completo. A remuneração para a função gira em torno de R$ 6,5 mil.
No caso da Receita Federal, serão 230 vagas para auditor-tributário e 469 para analista-tributário, ambos com exigência de nível superior completo. Os salários estão na casa de R$ 21.029 e R$ 11.684, respectivamente.
O prazo para publicação de ambos os editais é de até seis meses. Confira mais informações neste link.