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Demonstrar estresse e ansiedade pode ser positivo; é o que diz estudo

Um estudo identificou que pessoas diante de situações de estresse e ansiedade geram mais confiança e credibilidade.



O medo de enfrentar um desafio muito grande e a preocupação exacerbada causada pela mente acelerada causa muitos desconfortos em pessoas que sofrem com estes problemas. Mas a boa notícia é que recentemente a ciência revelou que passar por estresse e ansiedade podem ser até certo ponto favoráveis para a imagem pessoal.

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O resultado partiu de um estudo realizado pelo pesquisador da Universidade Trent de Nottingham, no Reino Unido, Jamie Whitehouse, que realizou um estudo onde identificou que mostrar feições de estresse e ansiedade causam uma boa impressão e faz com que pessoas estranhas sintam uma certa “afeição” e predisposição de gostar mais de nós.

Inspiração pelo estudo

Quando nos deparamos com situações que nos deixam desconfortáveis é normal nosso corpo reagir com estímulos não perceptíveis como por exemplo, coçar o cabelo, morder os lábios, suar frio e sentir o coração acelerado. São respostas involuntárias que nossa espécie encontrou para conseguir lidar da melhor forma com essas situações.

Semelhante acontece com grupos primatas que quando estão diante de situações estressantes, tendem a coçar a cabeça. Acredita-se que essa reação involuntária seja uma forma de amenizar o desconforto e evitar um possível conflito. 

O pesquisador Whitehouse, em 2017, através de análise comportamental de 45 macacos rhesus, em Porto Rico, identificou que alguns macacos quando estavam diante de indivíduos estranhos que demonstram pertencer a uma hierarquia superior tendiam a coçar a cabeça. Esse comportamento gerava na outra parte uma reação mais amigável.

Ampliando o estudo em humanos

A evidência extraída do comportamento dos primatas motivou o pesquisador a realizar o experimento em pessoas. Foi então que decidiu aplicar um “Teste de Estresse Social”. Esse teste teve início em 23 voluntários que foram submetidos a uma entrevista de emprego que na realidade não existia. 

Os participantes foram gravados realizando uma apresentação de 3 minutos para provar porque seriam os candidatos ideais para um teste de aritmética mental.

A segunda etapa da pesquisa, constituiu em apresentar os vídeos para 133 pessoas, além de solicitar que elas avaliassem os candidatos.

Também fizeram questionamentos sobre como elas avaliavam o nível de estresse de cada candidato. Em paralelo, havia um grupo de psicólogos que contaram quantas vezes cada candidato expressou sinais de comunicação não verbal ao se sentir estressado ou nervoso.

A pesquisa revelou que as pessoas que analisaram entrevistados com um nível de estresse elevado tendiam a sentir empatia e mais identificação com eles.

O resultado da pesquisa de Whitehouse, fez com que a professora Leah Mayo, do Centro de Neurociências Sociais e Afetivas da Universidade de Linköping, na Suécia, expandisse o estudo em pessoas que tendem a ficar com o rosto ruborizado diante de situações difíceis. 

E o resultado foi que aos olhos de observadores desconhecidos, as pessoas com rostos vermelhos demonstraram mais transparência em suas emoções, gerando um sentimento de empatia aos demais.




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