Quem tem acompanhado notícias sobre a economia, sabe que quando se fala sobre juros, o assunto não é nada promissor. O aumento da taxa básica de juros irá apresentar algumas novas dificuldades ao povo brasileiro. A primeira delas é o fato de que os juros vão deixar o crédito mais caro.
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Em outras palavras, os empréstimos vão se tornar ainda mais complicados para as pessoas. Claro, haverá aquelas que tentarão olhar para esse momento com uma visão mais otimista ou pelo menos de alguma forma mais ambiciosa, visto que o momento se torna mais propício para investidores.
O motivo? Basicamente as aplicações feitas em renda fixa vão passar a oferecer retornos maiores, tornando as aplicações de dinheiro mais seguras.
O Comitê de Política Monetária (Copom) chegou a uma decisão na última quarta-feira, 3. Levaram a Selic, que estava em 13,25%, para 13,75% ao ano. Esse é o décimo segundo aumento consecutivo na nossa taxa básica.
O aumento foi relativamente notável, pois é maior que 0,5 ponto porcentual. Isso irá resultar em um aumento dos rendimentos de investimentos que têm a Selic como base, tais como os títulos privados, Tesouro Direto, Certificados de Depósito Bancário e muitos outros.
Todos esses investimentos vão de longe superar qualquer possível retorno que a famosa poupança possa proporcionar. A poupança, inclusive, segue com seu retorno travado na linha dos 6,17% ao ano + Taxa Referencial. Muito disso se dá pela inflação anual que segue batendo recordes e está na casa dos dois dígitos.
Ao que tudo indica, as modalidades que mais vão ser beneficiadas pela Selic serão os famosos títulos que são emitidos pelas empresas que os usam para poder financiar alguns de seus projetos e operações.
LCI e LCA são bons exemplos
Alguns exemplos são: Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). E como se essa situação já não fosse atrativa o suficiente, é preciso lembrar que essas aplicações são isentas de Imposto de Renda. Isso é o que atrai ainda mais pessoas.
Outro ponto que acabou contribuindo para a possível maior rentabilidade líquida que os investimentos podem ter é a redução da estimativa de inflação para o ano.
A inflação alta vem gerando problemas, no entanto uma pesquisa feita pela Focus e divulgada pelo Banco Central mostrou que o IPCA que foi projetado pelo mercado para este ano vai 7,15%. Com a Selic em 13,75%, a perspectiva é que a inflação desacelere.
Segundo um levantamento feito pela Yubb, a renda fixa acabou sendo o tipo de investimento mais buscado pelo mercado financeiro, com destaque especial para os CDBs, que são os favoritos por contarem com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito.
Segue abaixo o ranking dos mais procurados:
- CDBs;
- Tesouro Direto;
- LC/RDB;
- LCI/LCA;
- Fundos imobiliários (FIIs);
- Ações livres;
- Fundos de ações;
- Fundos multimercado;
- Debêntures;
- Fundos de índice (ETFs).