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Destaques do dia: Preços dos combustíveis recuam 5%; Inadimplência afeta 63 milhões; Selic deve encerrar o ano a 13,75%; Servidores federais cobram reajuste salarial

Reunião entre representantes dos servidores públicos e o Ministério da Economia está entre os principais assuntos desta terça-feira, 23.



Cerca de 39% dos brasileiros estavam inadimplentes em julho, o maior nível dos últimos oito anos. De acordo com o levantamento realizado pela CNDL e pelo SPC Brasil, o crescimento no número de negativados foi de 8,7% em apenas um ano.

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Em meio à queda nas cotações do petróleo, os preços de gasolina, diesel e etanol tiveram baixa superior a 5% no mês passado. Além de pressionar a Petrobras na tentativa de controlar a inflação, o governo também elevou a taxa básica de juros (Selic) diversas vezes nos últimos meses, a a previsão é que ela feche o ano a 13,75%.

Nos destaques desta terça-feira, 23, confira também os detalhes sobre a reunião entre representantes dos servidores públicos e do Ministério da Cidadania. Os funcionários públicos querem um reajuste salarial para o próximo ano.

Inadimplência atinge o maior nível em 8 anos

A inadimplência atingiu 39,17% dos brasileiros adultos em julho, ou cerca de 63,27 milhões de pessoas. O nível é o maior dos últimos oito anos, mostra a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

O percentual representa um aumento de 8,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em média, cada negativado devia R$ 3.638,22 para 1,93 credores.

As dívidas eram de até R$ 500 em cerca de 34,51% dos casos, quase quatro em cada dez consumidores entrevistados. Já os débitos de até R$ 1.000 eram o problema de 49,35% dos participantes do levantamento.

No mês passado, o endividamento no país cresceu 16,50% em relação a julho de 2021. “O número de inadimplentes está alto e, infelizmente, a expectativa é que não paremos por aí”, diz o presidente da CNDL, José César da Costa.

Preços de gasolina, etanol e diesel recuam mais de 5%

Os cortes nos valores praticados pela Petrobras e a queda do petróleo internacional tornaram mais barato abastecer o tanque em agosto. Dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram que os preços de gasolina, etanol e diesel S-10 caíram mais de 5% no período.

A queda da gasolina comum foi de 5,92% nas três primeiras semanas deste mês, de R$ 5,74 para R$ 5,40 o litro. O etanol recuou 5,46%, enquanto o diesel S-10 caiu 5,06%, para R$ 7,13 reais o litro.

No dia 29 de julho, a Petrobras reduziu em 3,89% o preço da gasolina vendida em suas refinarias. Cerca de duas semanas depois, anunciou um novo corte de 4,85%.

A estatal também abaixou o preço do diesel em 3,56% e 4% nos dias 5 e 12 de agosto, respectivamente. Nos casos de gasolina e etanol, as quedas foram pressionadas principalmente por cortes em tributos.

Selic deve terminar 2022 a 13,75%

O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta semana mostra que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode ter encerrado seu ciclo de alta na taxa básica de juros. Pela 9ª semana consecutiva, a autoridade estimou a Selic em 13,75% ao ano no fim de 2022.

Já para o final de 2023, o órgão espera a taxa a 11% ao ano, leve aumento em relação aos 10,75% esperados nas quatro semanas anteriores.

Mais cedo em agosto, o Copom elevou a Selic de 13,25% para 13,75% e afirmou que “avaliará a necessidade de um ajuste residual” em setembro. Segundo o órgão, a correção poderá ocorrer “para assegurar a convergência da inflação para suas metas”.

O documento também manteve em 8% a previsão para a Selic no fim de 2024, e em 7,5% a taxa estimada para o fim de 2025.

Servidores federais cobram reajuste salarial

Representantes dos servidores federais se reúnem hoje com o Ministério da Economia para discutir um reajuste salarial para a categoria. Os funcionários da União defendem a inclusão da medida na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023.

O Orçamento para o próximo ano precisa ser enviado ao Congresso até 31 de agosto, o que significa que o governo corre contra o tempo. Há alguns dias, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a incluir a correção no documento, mas não citou valores.

“Judiciário e Legislativo já vêm se movimentando e sinalizam reposição salarial a ministros, parlamentares e servidores das Casas que podem variar de 9,6% a 18%. No caso do Executivo, as propostas para servidores são prerrogativa exclusiva desse Poder que tem como autoridade máxima o presidente da República, Jair Bolsonaro”, afirma a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

No primeiro semestre de 2022, a pasta da Economia avaliou um reajuste linear de 5% para a categoria, mas voltou atrás após forte descontentamento. A defasem acumulada ao longo dos anos pode ultrapassar 32% em dezembro, enquanto os funcionários reivindicam 19,99%, mais reestruturação de carreira.




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