Um quarto dos brasileiros não consegue pagar as contas; 16% vendem bens para quitar dívidas

A inflação e o desemprego têm atrapalhado a vida dos brasileiros. O resultado dessa pesquisa apontou que muitos estão abrindo mão das coisas mais básicas para dar conta dos compromissos.



Um em cada quatro brasileiros não consegue pagar as contas em dia. Ao menos é o que aponta uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) recentemente. O orçamento ficou ainda mais apertado graças à inflação que está somada ao desemprego e a queda na renda das famílias.

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A pesquisa também mostrou que mesmo aqueles trabalhadores que conseguem pagar as contas em dia estão vivendo no aperto, principalmente porque não sobra nada para poupar. Essa a realidade de sete em cada dez das pessoas que participaram da pesquisa.

Pagar as contas em dia está ainda mais difícil

Para dar conta das despesas, muitas famílias cortaram de vez os gastos menos necessários. Por exemplo: lazer. Na verdade, até mesmo a compra de itens pessoais, como roupas e sapatos, foi deixado de lado. De acordo com o levantamento em questão, essa é a realidade de 58% dos entrevistados.

E tem quem precisa fazer escolhas ainda mais difíceis por causa da dificuldade em pagar todos os boletos. Os dados coletados pela CNI mostram que 25% dos brasileiros responderam ter reduzido ou deixado de comprar até remédios enquanto outros 19% – dos que tinham – pararam de pagar o plano de saúde.

O pagamento do aluguel e a prestação do imóvel também entraram na lista de débitos de pelo menos 14% dos brasileiros. E outros 16% contaram que venderam bens para conseguir dar conta de todas as dívidas.

Apesar dos resultados que indicam a dificuldade real de muitas famílias brasileiras, a pesquisa da CNI trouxe uma expectativa mais otimista. É que a maior parte dos entrevistados, cerca de 56% deles, acreditam que até dezembro estarão em uma melhor situação econômica.

A previsão de melhoria é resultado da retomada na oferta de empregos, com a consequente redução do desemprego e a melhoria na renda das famílias. A pesquisa da CNI contou com a opinião de 2.008 brasileiros de todos os estados do país. A coleta dos dados foi entre 23 e 26 de julho.




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