O salário mínimo é a referência para a remuneração de milhões de trabalhadores de todo o país. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos feita pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor atual está bem abaixo do que seria ideal.
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O levantamento mensal indica o rendimento necessário para garantir todas as necessidades de uma família de quatro pessoas. Estão incluídos gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em agosto, o salário mínimo ideal era de R$ 6.298,91, enquanto o real segue em R$ 1.212 até dezembro. Ou seja: o brasileiro que vive com um piso federal por mês teria que ganhar cerca de 5,2 vezes mais para assegurar uma sobrevivência confortável.
Segundo o economista Marcelo Neri, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), o salário muito baixo “precariza as relações de trabalho”, mas o contrário também gera efeito semelhante “por causa das demissões e da informalidade de trabalho”.
Histórico da pesquisa
A pesquisa do Dieese calcula o salário mínimo ideal pra os brasileiros todos os meses, desde 1994. Veja os valores apurados em 2022:
Mês | Salário mínimo nominal | Salário mínimo ideal |
Agosto | R$ 1.212,00 | R$ 6.298,91 |
Julho | R$ 1.212,00 | R$ 6.388,55 |
Junho | R$ 1.212,00 | R$ 6.527,67 |
Maio | R$ 1.212,00 | R$ 6.535,40 |
Abril | R$ 1.212,00 | R$ 6.754,33 |
Março | R$ 1.212,00 | R$ 6.394,76 |
Fevereiro | R$ 1.212,00 | R$ 6.012,18 |
Janeiro | R$ 1.212,00 | R$ 5.997,14 |