Cientistas da Universidade de Linköping, na Suécia, descobriram a causa das lembranças ruins que provocam a ansiedade. A descoberta é resultado de estudos cerebrais em ratos. Eles conseguiram descobrir qual é mecanismo que nos faz lembrar das situações de medo, insegurança e desconforto em excesso.
Leia mais: Você pode estar sofrendo de ansiedade social e estes são 3 sintomas comuns
Os pesquisadores partiram da ideia de que algumas pessoas têm uma tendência maior a desenvolver medos patológicos. Eles encontraram que algumas proteínas cerebrais são suspeitas de ativar tais memórias.
Medo em excesso
A proteína estudada é a PRDM2. Ela é a responsável por suprimir a expressão de alguns genes no cérebro. Alguns estudos apontaram que a presença dela é menor em pessoas com dependência de álcool.
Para fazer a pesquisa, os cientistas reduziram a quantidade de PRDM2 nos ratos. A partir de então, eles observaram como essa redução teve impacto no processamento das lembranças de medo. Com os testes, eles identificaram que o aumento da atividade na rede entre os lobos frontais do cérebro e a amígdala acaba elevando as reações de medo.
Os resultados comprovaram que a falta da proteína foi a responsável pelo aumento da ansiedade e do vício em entorpecentes. Apesar da descoberta, o ser humano ainda não é capaz de aumentar a ação da proteína, mas ajuda a entender alguns motivos para o medo em excesso e a ansiedade, assim como a dependência química.
O estudo foi publicado na revista científica Molecular Psychiatry.
Os cientistas apontam que os pacientes com transtornos de ansiedade e outros distúrbios relacionados podem se beneficiar dos tratamentos que reduzem ou eliminam as memórias de medo. Diante disso, podemos apontar que cada nova descoberta da ciência é um passo rumo à tentativa de melhorar a vida das pessoas.
O medo é importante, é claro, pois nos faz lembrar de coisas que já vivemos e que devem ser evitadas. A grande questão é não deixar que, quando em excesso, nos paralise diante de tudo o que acontece repetidas vezes.