O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira, 26, manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano – sem mudança desde agosto. A manutenção do indicador acontece mesmo com a estimativa de subida de 0,16% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de outubro após meses de deflação.
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Segundo especialistas, o centro da inflação ainda segue elevado, com variações entre 0,47% ao mês e de 9,79% no acumulado de 12 meses. Diante desse fato, o Banco Central deverá manter a Selic estável por mais um tempo no decorrer de 2023.
Percentual pode subir no futuro?
De acordo com especialistas, o Copom devem manter, por enquanto, o tom de vigilância em relação à Selic, analisando as medidas a serem adotadas nas próximas tomadas de decisão. A mais recente reunião que manteve a taxa básica ajudou a dar um refresco para o primeiro semestre de 2023.
Já sobre futuras quedas, por ora, o cenário prevê que isso aconteça apenas em meados do ano que vem. Para economistas do Itaú, a fase de cortes no percentual estará condicionada aos rumos das contas públicas, em especial no que diz respeito ao teto de gastos e estabilização do PIB.
Como a Selic impacta na economia?
Atualmente, a Selic funciona como um dos elementos principais da estratégia política monetária no Brasil, com base no sistema de metas de inflação. Portanto, quando a economia está aquecida, os preços começam a subir e a taxa básica então é elevada.
Com os juros mais elevados, fica mais caro contratar crédito não apenas para as pessoas e empresas, mas também para o governo. Ao final, a medida acaba desestimulando o consumo e ajudando no controle de preços.
O mesmo funciona do lado contrário, ou seja, quando a inflação está abaixo da meta e controlada, existe espaço para a Selic cair e voltar então estimular o consumo e aquecimento da economia.