Levar uma multa de trânsito traz muito prejuízo para o bolso do condutor brasileiro, que ainda precisa lidar com a pontuação na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o risco de ter o documento suspenso. Existem algumas infrações previstas na lei que geram punições mais severas e podem causar multas na casa dos milhares de reais.
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O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) divide as violações das regras de acordo com sua gravidade, e é com base nessa classificação que as punições são aplicadas. Veja quais são os tipos:
- Infração leve: multa de R$ 88,38 e 3 pontos na CNH;
- Infração média: multa de R$ 130,16 e 4 pontos na CNH;
- Infração grave: multa de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH;
- Infração gravíssima: multa de R$ 293,47 e 7 pontos na CNH.
Como é possível observar, além de multa, a lei prevê outras penalidades como pontos na carteira, retenção do veículo, suspensão do direito de dirigir e até cassação da CNH.
Multa de quase R$ 6 mil
Com os recentes bloqueios nas rodovias, muitos motoristas receberam multas com valores exorbitantes. Uma delas chega a quase R$ 6 mil e é aplicada quando o condutor usa seu veículo para impedir a circulação do trânsito em uma via.
“Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre ela: Infração – gravíssima”, diz o artigo 253-A do CTB.
Em números reais, a cobrança é de vinte vezes o valor da multa gravíssima, o que totaliza R$ 5.869,40. Além disso, o valor para o organizador do bloqueio pode chegar a R$ 17.608,20.
Bloqueio nas estradas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, anunciou na última quinta-feira, 10, a ampliação de medidas para impedir o bloqueio das rodovias do país. O movimento foi iniciado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro após sua derrota para Lula nas eleições.
Moraes estabeleceu multa horária de R$ 100 mil aos donos de veículos que participarem dos atos pró-golpe. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, R$ 18 milhões em cobranças foram aplicadas apenas nos três primeiros dias de protestos.
