O governo tem uma novidade para os trabalhadores formais que ganham até R$ 2,4 mil por mês. Agora, esses brasileiros poderão usar os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para facilitar o financiamento da casa própria e realizar seu sonho de morar no que é seu.
Leia mais: Reajuste do salário mínimo para R$ 1.320 pode ficar para maio
A medida abrange o grupo 1 do programa Casa Verde Amarela, que em breve deve voltar a se chamar Minha Casa, Minha Vida. A expectativa é que essas pessoas possam usar valores futuros para comprar imóveis.
Chamada de FGTS futuro ou FGTS consignado, a modalidade autoriza o uso de valores ainda não depositados no fundo para ampliar a capacidade de pagamento do contratante. Embora neste primeiro momento a novidade esteja restrita a quem ganha até R$ 2,4 mil, ela deverá ser ampliada futuramente.
Segundo dados da ferramenta de monitoramento de dados DataZap+, cerca de 10,9 milhões de famílias estão nessa faixa de renda e poderão ser contempladas com a medida.
Aumento na prática
O Ministério do Desenvolvimento Regional calcula que o acréscimo na capacidade de pagamento do cidadão pode chegar a 8%. Uma família com renda de R$ 2 mil por mês, por exemplo, hoje pode financiar um imóvel para pagar prestação de R$ 450.
Se decidir usar o FGTS Futuro no financiamento, esse mesmo lar conseguirá elevar as parcelas para R$ 600 e terminar de quitar a dívida mais cedo. Nas próximas fases, a modalidade também poderá ser ampliada para fora do programa Minha Casa, Minha Vida.
Mudança já está valendo?
A opção será regulamentada ainda em janeiro pela Caixa Econômica Federal e o início das operações está previsto para abril. O FGTS futuro deve entrar em vigor em até 90 dias após a publicação das regras pelo banco.
Antes de optar pelo uso, é preciso considerar todas as consequências e eventuais dificuldades de comprometer um saldo que ainda não existe. Ao utilizar o FGTS futuro, o trabalhador não poderá sacar os recursos comprometidos em caso de demissão sem justa causa. Além disso, precisará renegociar as parcelas, uma vez que não contará mais com os depósitos.