Você pode ter perdido: CVM investiga Americanas após rombo de R$ 20 bi; Gastos de cartões corporativos de Bolsonaro são divulgados; Programa para negociar dívidas é adiado; Mudanças do CPF como registro único

Despesas com cartões corporativos durante o governo Bolsonaro e Desenrola Brasil estão entre os destaques do dia.



Mais um sigilo imposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro foi derrubado, desta vez sobre os gastos em cartões corporativos da Presidência da República durante seu mandato. Segundo o detalhamento, as despesas ultrapassaram os 27,6 milhões entre 2019 e 2022.

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Outro assunto importante é a investigação aberta pela CVM para apurar o “rombo” de R$ 22 bilhões anunciado pela empresa Americanas na última semana. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que o lançamento do programa de negociação de dívidas prometido pelo governo deve ser adiado.

Nos destaques desta sexta-feira, 13, veja também quais são as mudanças esperadas com a adoção do CPF como numeração única em documentos.

Cartões corporativos de Bolsonaro

O governo divulgou os gastos em cartões corporativos da Presidência da República durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. O detalhamento mostra que as despesas chegaram a R$ 27,6 milhões entre 2019 e 2022.

O montante é referente ao cartão pessoal de Bolsonaro e outros cartões usados por funcionários da presidência. Veja os valores por ano:

  • 2019:R$ 5.382.478,10
  • 2020: R$ 7.314.318,09
  • 2021: R$ 9.927.562,29
  • 2022: R$ 4.997.298,75

Segundo o material, os maiores gastos foram com hospedagem e alimentação, especialmente em viagens de Bolsonaro e assessores. Considerando apenas hospedagens, o ex-presidente gastou R$ 13.669.149,08 em quatro anos.

Também foram divulgados links com as despesas da Presidência desde 2003, primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dados já eram de domínio público, mas não estavam organizados como agora.

CVM investiga Americanas após rombo

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu dois processos administrativos para investigar a empresa varejista Americanas. Na última quarta-feira, 11, a companhia informou ter encontrado “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões.

Em sua página oficial, a CVM indica que o foco de um dos processos é a própria contabilidade da empresa. O outro vai apurar o anúncio do ocorrido.

Programa de negociação de dívidas

O informou que o lançamento do Desenrola, programa de renegociação de dívidas prometido por Lula, foi prorrogado. Segundo antecipou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as medidas anunciadas ontem pelo governo eram apenas de caráter fiscal.

O anúncio deve ficar para depois da viagem de Haddad para o Fórum Econômico de Davos, que ocorre na Suíça na próxima semana. As informações foram repassadas após reunião do ministro com Tarciana Medeiros, presidente indicada do Banco do Brasil, e Marcos Rosa, diretor de Contadoria e Controladoria da Caixa.

CPF como registro único

O presidente Lula sancionou nesta semana a lei que institui o CPF como numeração que vai identificar um cidadão em cadastros e documentos de órgãos públicos, no registro civil e em carteiras emitidas por conselhos profissionais.

Na prática, novos documentos vão usar o CPF como número identificador, sem necessidade de gerar outra numeração, como ocorre nos títulos de eleitor, por exemplo. Os órgãos poderão até solicitar outros documentos, mas não deverão exigir outros números de identificação para preencher um cadastro.

Em resumo, a falta de outros comprovantes não poderá impedir o cidadão de concluir um cadastro ou requerimento. O prazo para que os governos se adaptem à nova regra é de 12 meses.




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