Um novo evento de frio extremo atingiu os Estados Unidos neste começo de fevereiro. Uma onda polar invadiu o nordeste dos EUA e o sudeste do Canadá com uma intensidade não vista há pelo pelos uma geração nos países.
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Dessa forma, as marcas registradas nos últimos dias são históricas, não sendo vistas há mais de um século. As temperaturas e a sensação térmica caíram para níveis consideravelmente perigosos para os humanos, possibilitando que pessoas pudessem ser congeladas em minutos.
O Serviço Meteorológico Nacional (NWS) dos Estados Unidos descreveu o frio em Boston como “uma onda de frio histórica do Ártico para a era moderna”. Além disso, o serviço alertou também que “está tão frio quanto é possível ocorrer”. Assim, a sensação térmica no Monte Washington, no estado de New Hampshite, chegou a 78°C abaixo de zero na noite de sexta-feira (3).
Já em Boston, a temperatura mínima durante a manhã chegou a atingir -23,3°C Às 5h15 no dia 4, sendo a temperatura mais baixa já registrada na cidade desde 15 de janeiro de 1957.
Afinal, o inverno americano pode refletir em algo no inverno brasileiro?
De acordo com a MetSul Meteorologia, há uma tendência na repetição de padrões dos invernos da América do Norte no inverno do Sul do Brasil. Assim, os anos em que aconteceram eventos de extremo frio no inverno americano, em janeiro e fevereiro, também tiveram invernos mais intensos e marcantes do Sul brasileiro.
Contudo, o acontecimento não é uma regra. Isso devido ao clima não ser algo linear e que um ou dois eventos de frio nos Estados Unidos não significam a repetição do padrão no Brasil. Desse modo, é necessário analisar primeiramente o padrão geral da circulação na atmosfera do mundo, que costuma ser diferente do que acontece no Brasil.
Com isso, as projeções de clima para os próximos meses indica que o inverno no sul do país em 2023 será de temperaturas acima da média. Isso devido a possibilidade de atuação do El Niño no país no inverno de 2023, fazendo com que as temperaturas registradas sejam superiores a média da estação, que ocorre entre junho a agosto.
Em contrapartida, uma característica desse inverno americano que tende a ser repetida aqui no Brasil são as chuvas extremas na Califórnia. Dessa forma, no Brasil haveria maior risco de episódios mais frequentes de vendavais, chuvas de granizo e tornados. Além disso, também aumentam os riscos de uma ciclogênese explosiva nas latitudes médias do Atlântico Sul, exigindo cuidados e atenção dos brasileiros.