A ministra Simone Tebet afirmou ontem, 2, que a reforma tributária prometida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ficar pronta em seis meses. Enquanto o governo articula o texto com o Congresso Nacional, o INSS ganhou um novo presidente interino e já completa um mês sem um comandante oficial.
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Outro assunto importante é o dólar, que na manhã de quinta-feira ficou abaixo de R$ 5 pela primeira vez em mais de oito meses. Já a previsão do tempo para esta sexta-feira, 3, é de chuva e ventania em boa parte do Brasil.
Confira mais detalhes sobre esses e outros temas nos destaques do dia.
Reforma tributária
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que as negociações da reforma tributária devem levar ao menos seis meses. Após reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ela declarou que “não dá para falar em uma reforma tributária em menos [tempo] que isso”.
Segundo a ministra, o governo precisa conhecer melhor os novos legisladores. Tebet afirmou que a reforma vai caminhar porque há “boa vontade do Congresso, do presidente Lira, do presidente Pacheco”.
“É uma determinação do presidente Lula para que a equipe econômica possa avançar e se colocar à disposição do Congresso para avançar nessa pauta”, disse.
A chefe da pasta de Planejamento quer iniciar a votação do texto pela Câmara em um formato “mais próximo possível de um texto definitivo que o Senado tenha identidade e conforto para votar”. Durante a reunião, ela também discutiu com Lira as preocupações dos estados com a perda de arrecadação com o ICMS
Dólar é vendido abaixo de R$ 5
Pela primeira vez desde o dia 10 de junho de 2022, o dólar foi negociado abaixo dos R$ 5. O evento ocorreu na manhã da última quinta-feira. Por volta das 11h25, a queda era de 1,57%, com a moeda à vista batendo R$ 4,97.
O movimento foi influenciado pela manutenção da taxa básica de juros brasileira, a Selic, em 13,75% ao ano. Também puxou o recuo a decisão do Federal Reserva (Banco Central dos EUA) de reduzir o rimo de aumento dos juros do país.
Na última quarta-feira, o dólar caiu 0,25% e chegou a R$ 5,0604. Até aquele dia, a queda acumulada na semana pela moeda norte-americana era de 0,99%, enquanto no ano a desvalorização alcançava 4,12%.
Previsão do tempo
A previsão do tempo nesta sexta é de chuva para todas as regiões do país, indo desde pancadas até temporais. Algumas áreas estão em estado de alerta, já que os ventos podem atingir 70 quilômetros por hora (km/h).
No Sul, o tempo fica limpo durante todo o dia apenas na região de Uruguaiana (RS), enquanto nos demais pontos pode chover a qualquer momento. Já no Sudeste, há condições para pancadas de chuvas em todos os pontos, exceto no Espírito Santo, e do leste ao norte mineiro e fluminense.
O Centro-Oeste terá pancadas de chuva em quase todos os pontos, além de temporais com rajadas de vento de 50 a 70 km/h no Mato Grosso do Sul. Subindo para o Nordeste, o dia será de chuva a qualquer momento entre Salvador a Ilhéus, no Maranhão e em parte do Piauí.
Por fim, na região Norte chove a qualquer momento no Amapá, no Acre, em parte de Rondônia e na maior parte do Amazonas e do Pará. Há risco de temporais no centro do Amazonas, sul do Amapá e norte e nordeste do Pará.
Presidente interino do INSS
Glauco André Fonseca Wamburg foi escolhido como novo presidente interino do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Com a decisão, o órgão completa um mês sem presidente efetivo. Não há um comandante oficial desde que Larissa Andrade Mora, que ocupou o posto no início do governo Lula, foi destituída do cargo.
Wamburg, que é ligado ao PSD, foi presidente da entidade de assistência social Fundação Leão XIII até o fim do ano passado. Após denúncias de corrupção, má gestão e atraso no pagamento de salários, a entidade está sendo investigada pelo Ministério Público.
Cerca de 37 milhões de pessoas recebem benefícios do INSS atualmente, incluindo aposentadorias, pensões e outros auxílios. Uma das promessas de campanha do presidente Lula é zerar a fila de espera da autarquia, hoje com 5 milhões de pessoas.