Construir um muro para barrar imigrantes “indesejados” não é algo inédito, visto o caso dos Estados Unidos contra a imigração ilegal vinda da sua divisa com o México. A discussão, que sempre teve pouco espaço na União Europeia, ganhou a tomar força este ano, sobretudo com o coro de políticos de extrema direita do bloco.
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Com a pandemia e a guerra na região da Rússia e Ucrânia, além do colapso econômico em outras regiões fronteiriças da União Europeia, a ideia de um muro de contenção de imigrantes tem sido endossada por políticos como o chanceler da Áustria, Karl Nehammer, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, dois dos maiores representantes da extrema-direita no bloco.
Viktor Orbán, ditador que controla a Hungria desde 2010, também tem apoiado os companheiros no discurso. Ele mesmo já levantou um muro em seu país, mas o considerou como um problema por não ser “alto demais”.
Por que se discute um muro para barrar imigrantes na UE?
Os pedidos de asilo na Europa passaram de 630 mil para 924 mil entre 2021 e 2022, segundo o jornal alemão Deutsche Welle. Com esse movimento migratório vindo de rotas como as fronteiras do leste (Bielorrúsia, Ucrânia, Moldávia etc.), do Mediterrâneo Central (Líbia, Argélia, Tunísia etc.), Ocidental (Marrocos etc.) e Oriental (Turquia, Síria etc.) e da África Ocidental (Senegal, Gâmbia etc.).
Em meio a uma crise econômica europeia por conta dos embates com a Rússia, muitos países têm discutido formas de manter maior controle sobre suas fronteiras. A ideia de um muro ganhou coro, mas não é a mais popular entre os líderes europeus.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, por exemplo, defende um controle maior, como o aumento de guardas de fronteira e a instalação de sistemas eletrônicos de monitoramento.
Na Alemanha, o governo também facilitou as regras de deportação de criminosos e analista outras propostas de contenção.
