Desde o século XIII, o macarrão é frequentemente referido como uma iguaria entre os povos do mediterrâneo. Conforme o aumento do consumo desse prato, inúmeras versões foram criadas, do Carbonara ao espaguete. Reunindo a família em torno de refeições longas e alegres, o preparo das massas deve seguir algumas orientações, caso contrário, os italianos ficam furiosos.
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Contrariando seus conterrâneos
O Nobel da física italiano Giorgio Parisi, que recebeu o prêmio em 2021, foi alvo de críticas de colegas e chefes de restaurantes. Considerando seus estudos e a própria experiência na cozinha, apontou que é possível finalizar o cozimento apenas com o fogo baixo. Dessa maneira, a pessoa desliga o fogo um pouco antes, abafando o recipiente na intenção de manter a temperatura alta.
Uma forma de economizar gás em meio a crise
A Europa vem enfrentando uma crise de abastecimento de gás, agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que seguem realizando bloqueios em diversas áreas estratégicas. Sendo assim, Parisi não emitiu sua opinião à toa, mas tem como objetivo auxiliar as inúmeras famílias que sofrem com a alta dos preços e precisam mudar seus hábitos ao enfrentar a escassez de recursos.
Um insulto para os italianos?
Donos de restaurantes reconhecidos como Luigi Pomata insistiram que a técnica é ineficiente, ainda que a União Alimentar tenha declarado que o processo permite que parte dos europeus economizem até 47%. Nesse caso, muitos afirmaram que mudar o preparo de uma receita tão clássica é dispensável, acreditando afetar o sabor e a textura da massa.
A base alimentar da Itália
No Brasil a população não costuma consumir tanto macarrão, então pode ser estranho o nível de impacto causado ao mudar o cozimento desse alimento. No entanto, a base da alimentação dos italianos é macarrão, como se fosse o arroz e feijão dos brasileiros. Cada italiano consome, em média, 23,5kg de macarronada por ano, na forma de diferentes receitas.