Remédio mais caro do mundo terá cobertura pelos planos de saúde no Brasil

O tratamento com o remédio mais caro do mundo pode ser a diferença entre perder a capacidade de se movimentar ou não.



A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, nesta segunda-feira (6/2), a incorporação de quatro medicamentos ao rol de procedimentos cobertos pelos planos de saúde no Brasil, incluindo o onasemnogeno abeparvoveque, o medicamento mais caro do mundo, vendido por cerca de R$ 6,4 milhões no mercado privado.

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Este medicamento é indicado para o tratamento de crianças com atrofia muscular espinhal (AME) do tipo 1. Além disso, os medicamentos dupilumabe, zanubrutinibe e romosozumabe também foram aprovados para cobertura.

Sobre o onasemnogeno

Em dezembro, o onasemnogeno abeparvoveque começou a ser fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), após uma análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) e uma consulta pública.

A cobertura pelo SUS já indicava que o plano de saúde deveria cobrir o medicamento em caso de internação hospitalar, mas a mudança agora permite a cobertura também para prescrições em âmbito ambulatorial.

AME é uma doença genética ultra-rara que afeta o neurônio motor espinhal, com sintomas aparecendo antes dos seis meses de vida. O tipo 1 é o mais comum e representa 60% dos casos. A partir da publicação no Diário Oficial da União, essas quatro tecnologias estarão disponíveis aos usuários dos planos de saúde.

A incorporação dos quatro medicamentos aprovados pela ANS representa um avanço importante no acesso a tratamentos para diversas condições de saúde, incluindo a AME tipo 1, dermatite atópica grave, linfoma de células do manto e osteoporose na pós-menopausa.

O onasemnogeno abeparvoveque é um exemplo de como a inclusão de medicamentos inovadores no rol de procedimentos pode impactar positivamente a vida de pacientes e suas famílias. Para as crianças com AME tipo 1, o tratamento pode ser a diferença entre perder a capacidade de se movimentar ou não.

Planos de saúde podem ficar mais caros

A decisão da ANS foi bem recebida por pacientes, médicos e organizações da sociedade civil, que destacam a importância de se ter acesso a tecnologias avançadas para o tratamento de doenças raras e graves.

No entanto, é importante destacar que a inclusão de novos medicamentos pode representar um aumento nos custos dos planos de saúde. Alguns especialistas apontam que é necessário encontrar formas de equilibrar o acesso a tratamentos inovadores com o custo para o sistema e para os usuários dos planos de saúde.

Enquanto isso, os usuários dos planos de saúde aguardam a publicação no Diário Oficial da União da atualização da resolução normativa para ter acesso aos novos medicamentos. A partir daí, poderão contar com tratamentos mais avançados e eficazes, aumentando suas chances de recuperação e melhorando sua qualidade de vida.




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