O preço médio da gasolina disparou 9,04% nos postos brasileiros na primeira quinzena de março, aponta o levantamento Índice de Preços Ticket Log (IPTL). No fechamento do período, o combustível custou, em média, R$ 5,88 o litro.
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A alta é resultado da volta da cobrança de tributos federais sobre os combustíveis aprovada pelo governo no mês passado. Desde o dia 1º de março, PIS e Cofins voltaram a incidir sobre gasolina e etanol, e os impactos já estão sendo sentidos pelos consumidores.
No ano passado, o governo Bolsonaro zerou os impostos federais sobre esses produtos para tentar conter o avanço dos preços e conquistar a popularidade em meio às eleições. A medida foi prorrogada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro, mas perdeu a validade novamente no fim de fevereiro.
A nova equipe econômica fixou alíquotas menores do que as cobradas anteriormente, de forma que o efeito do aumento para os brasileiros fosse menor. A medida foi necessária para recuperar parte da arrecadação perdida no período em que a desoneração esteve em vigor.
“A última redução anunciada de 3,9% para a gasolina não foi suficiente para frear os acréscimos ocasionados pela reoneração dos combustíveis e os aumentos foram constatados nas bombas de abastecimento de todos os Estados brasileiros e também no Distrito Federal”, avalia Douglas Pina, diretor-geral de mobilidade da Edenred Brasil, responsável pelo IPTL.
Novos preços
A gasolina ficou mais cara em todos os 26 estados do Brasil e no Distrito Federal na primeira metade deste mês. O destaque negativo é a região Norte, onde o produto chegou a R$ 6,23 o litro, acréscimo de 9,85%. O Sudeste, onde a alta foi de 8,49%, ficou na outra ponta.
No recorte por estado, a pesquisa mostra que o aumento superou 4% em todas as unidades federativas. O maior avanço foi registrado no Amazonas, onde a gasolina subiu 16,25%, de R$ 5,63 para R$ 6,55 o litro.
No caminho contrário, o diesel teve queda de 3,29% no mesmo período, chegando a R$ 6,33 o litro na média do país. Entretanto, vale lembrar que a desoneração do produto foi mantida até o próximo ano.
