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O tempo passou rápido ou está muito devagar? A culpa disso é do coração

Pesquisa mostra como os batimentos do coração podem estar relacionados com a percepção da passagem do tempo. Entenda a causa desse fenômeno.



O corpo humano ainda guarda muitos mistérios. Prova disso é um estudo recente da Royal Halloway, que mostra como as batidas do coração são capazes de distorcer a percepção do tempo. A análise dos pesquisadores foi publicada na revista científica Current Biology.

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Isso quer dizer que o entendimento de que o tempo está passando rápido ou devagar demais pode estar relacionado com a atividade cardíaca do ser humano. Pelo menos foi isso o que apontou um dos autores do estudo, professor do departamento de psicologia Irena Arslanova, Manos Tsakiris.

Percepção do tempo pode depender das batidas do coração de uma pessoa

De acordo com o estudo, é comum sentirmos que o tempo voa e passa depressa quando estamos ocupados com algo. No entanto, as pessoas sentem que o relógio parou e que a hora não passa em meio ao tédio. Dessa forma, a percepção pode ser distorcida e não corresponde sempre ao momento real.

São inúmeros estudos realizados nos últimos anos e décadas que tentam entender como o cérebro percebe a passagem do tempo. No entanto, as pesquisas não se atentavam para uma possível ligação do coração com o tema.

No entanto, o coração se comunica com o cérebro o tempo todo e fornece informação sobre o estado geral do organismo. Pensando nisso, os pesquisadores tentaram analisar a temática proposta no artigo.

O que o estudo entendeu?

Dois experimentos foram realizados pelos pesquisadores. Um deles apresenta eventos rápidos durante o batimento cardíaco na fase sistólica e o outro fez a mesma coisa na fase diastólica. A primeira representa a contração do coração e a segundo é o relaxamento do órgão.

Os voluntários tinham a tarefa de julgar se o evento era longo ou curto durante o período de análise. O interessante é que na fase de relaxamento, os eventos pareciam mais longos, enquanto na de contração do coração a percepção era rápida.

“Nossas descobertas ilustram o ponto que o romancista Murakami estava fazendo em seu romance ‘Kafka à Beira-mar’, quando escreveu: ‘o tempo se expande, depois se contrai, tudo em sintonia com a agitação do coração.’ Esses padrões de contração e expansão demonstram como nossa percepção do tempo é constantemente influenciada por nossos estados fisiológicos internos”, disse um dos autores no artigo mencionado.

Novos estudos devem ser realizados com base nos resultados da pesquisa, que ainda tem caráter preliminar.




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