Se você planeja viajar com a família ou os amigos, é bom evitar pegar a estrada com um veículo fabricado antes de 2014. A dica vale em especial para quem tem um carro popular, já que esse tipo de automóvel não vem com dois equipamentos bem importantes.
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Em 2014, a legislação brasileira passou a exigir freio ABS e airbag como itens de segurança automotiva. Eles servem para evitar acidentes e reduzir danos, nessa ordem.
A recomendação não pode ser seguida por todos os motoristas, já que um dos principais fatores que influenciam no preço de um carro é justamente seu ano de fabricação. Por outro lado, ela pode ser decisiva para quem está em dúvida entre um veículo 2013 e outro 2015, por exemplo.
A escolha não é importante apenas para seguir a lei, mas também para prevenir e remediar acidentes, que costumam ser mais comuns na estrada. Os eventos que ocorrem nas rodovias também têm como características ferimentos graves e mais mortes.
Funções de segurança
O engenheiro especialista em acidentes de trânsito Rodrigo Kleinubing destaca a importância da dupla ABS e airbag. “O sistema ABS evita o bloqueio das rodas. Em uma frenagem de emergência, se você pisa forte no freio de um carro sem ABS, bloqueia as rodas. Quando isso acontece, você freia com uma eficiência menor. A segunda vantagem, tão importante ou mais, é que uma roda não bloqueada não perde a dirigibilidade. Você não perde o controle do volante, evitando acidentes em dois pontos”, detalha.
Já os airbags são aquelas conhecidas bolsas de ar que inflam após o veículo atingir um nível de desaceleração e outros critérios que costumam indicar acidentes.
“Ele salva a vida. Porque, quando ocorre um acidente, ele evita a projeção dos ocupantes do carro e, portanto, lesão dos órgãos internos, que causam hemorragias. Salva vidas em acidentes que, sem ele, o ocupante não teria chance de sobrevivência”, diz o engenheiro.
Tecnologia é aliada
As novas tecnologias têm se tornado aliadas poderosas para evitar e minimizar os efeitos de acidentes de trânsito. Segundo dados da Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), uma câmera de ré pode diminuir em até 20% o volume de ocorrências durante marcha ré.
Para o sócio-diretor da Bright Consulting Murilo Briganti, as novidades continuarão trazendo benefícios para a sociedade, mas “ isso tem um custo”
“O país vem passando por uma série de avanços em termos regulatórios, principalmente após o Inovar-Auto. Nesse momento, nós temos em vigor legislações de emissões, segurança e eficiência energética. Dessa forma, para o atendimento de todas as metas, as montadoras vêm fazendo e têm planejado investimentos massivos em melhorias, o que acarretará em custos maiores para o consumidor final”, completo.