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Hurb: empresário que comprou 26 pacotes de viagem pode levar calote de R$ 64 mil

Empresa enfrenta crise de imagem após o aumento expressivo no número de reclamações de clientes.



A situação do Hurb pode causar prejuízos para muitos consumidores, mas um empresário morador de São Paulo com certeza está no topo da lista. O mineiro, que não quis se identificar à reportagem do O Globo, comprou nada menos que 26 pacotes de viagem da antiga Hotel Urbano.

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Os destinos fazem parte de um longo cronograma que vai até 2025, incluindo passagens por Londres, Egito, Tel Aviv e Panamá. O que mais impressiona é o valor gasto por ele: cerca de R$ 64 mil.

O empresário conta que já viajou duas vezes com os pacotes da plataforma, sendo um dos destinos Cancún e o outro Salvador. Entretanto, após as postagens recentes do ex-CEO da companhia, João Ricardo Rangel Mendes, ele cancelou 11 contratos para tentar evitar o prejuízo.

Ele afirma que sabia que poderia haver alteração nas datas, mas não esperava o risco de não viajar e acabar perdendo dinheiro. Muito menos esperados eram os calotes da empresa e o deboche do seu então CEO nas redes sociais.

“Comprei pensando em escapar uma vez por mês de São Paulo, onde moro. Eu sabia que no sistema da Hurb as datas podem mudar, mas isso pra mim não é um problema, tenho uma agenda flexível. Mas pensei que se mudasse teria o crédito para usar depois, não esperava por essa crise. Ontem fiquei com mais medo depois desse maluco CEO falar, isso me deixou inseguro e decidi cancelar parte dos pacotes”, relata.

Estratégia do consumidor

Três pacotes com datas próximas foram mantidos pelo empresário, já que os embarques estão previstos para esta semana, maio e junho. Ele conta que está avaliando individualmente as compras feitas na Hurb.

A viagem marcada para junho tem como destino Caraíva, na Bahia. O cliente diz que descobriu que o hotel não estava pago, mas, ao fazer uma reclamação, a empresa informou que já está resolvendo o problema.

“Quinta-feira eu viajo para o Ceará. Já confirmei voo e hotel, mas na véspera eu ligo de novo porque tenho medo de tudo mudar”, afirma.

Se não conseguir viajar ou receber os valores pagos pelas viagens, que foram parceladas, o empresário tomará as medidas judiciais cabíveis para reverter o prejuízo. No momento, entretanto, ele tenta resolver tudo pela via administrativa.




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