A Apple está enfrentando um processo bilionário no Reino Unido por ser acusada de esconder baterias defeituosas em iPhones e “estrangulá-las” com atualizações de software. O processo, no valor de até 1,6 bilhão de libras mais juros (pelo menos R$ 10 bilhões), é movido em Londres pelo defensor do consumidor Justin Gutmann em nome de usuários do iPhone no Reino Unido.
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Advogados de Gutmann argumentaram que a Apple ocultou problemas com baterias em certos modelos de telefone e “clandestinamente” instalou ferramenta de gerenciamento de energia que limitava o desempenho.
Em sua defesa, a Apple negou que suas baterias estivessem com defeito, exceto em um pequeno número de modelos do iPhone 6s, para os quais ofereceu substituições gratuitas de bateria.
A Apple disse que sua atualização de gerenciamento de energia introduzida em 2017 reduziu apenas o desempenho de um iPhone 6 numa média de 10%. Gutmann pediu ao Tribunal de Apelação da Concorrência de Londres, nesta terça-feira (2), para certificar o caso e permitir que ele prossiga para julgamento.
Apple diz que processo bilionário é infundado, mas assinou acordo nos EUA pelo mesmo motivo
O advogado de Gutmann, Philip Moser, lembrou ainda de acordos da Apple em 2020 para resolver uma ação coletiva e regulatória dos estados dos EUA sobre problemas de bateria do iPhone e a promessa de que seria mais transparente com o órgão regulador da concorrência na Grã-Bretanha.
A empresa nega as acusações e disse que o processo é “infundado”. O advogado da Apple, David Wolfson, disse que o processo efetivamente alega que “nem todas as baterias podem fornecer o pico de energia exigido em todas as circunstâncias e em todos os momentos”, o que era comum a todos os dispositivos movidos a bateria. Agora é aguardar os próximos capítulos dessa história no Reino Unido e como isso irá repercutir no mundo.