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IGP-M negativo: posso pedir para baixar o preço do meu aluguel?

É a primeira vez desde 2018 que temos IGP-M negativo no Brasil. O índice é utilizado para medir a inflação do aluguel no país. Entenda se isso traz vantagens para você.



O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que é utilizado para medir a inflação do aluguel, apresentou uma queda de -0,95% no mês de abril. Considerando os últimos 12 meses, o índice acumulado foi de -2,17%. Com o IGP-M negativo, é possível pedir para rever o valor do aluguel, certo? Depende. Continue lendo e entenda!

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O IGP-M é calculado com base na variação de preços de produção, do consumidor e dos custos da construção civil. Desde 2018, o índice não tinha apresentado uma variação negativa acumulada em 12 meses. O resultado é, portanto, uma baita novidade. Em teoria, essa queda poderia significar uma redução de 2,17% no valor do aluguel, segundo o Secovi-SP.

No entanto, isso não deve acontecer. Principalmente porque o preço do aluguel não é determinado apenas pelas variações do IGP-M. Além disso, na maioria dos contratos de locação, não há uma cláusula que atrele a queda do índice à diminuição do valor do aluguel. Muitas imobiliárias, inclusive, têm utilizado o IPCA como índice para calcular o reajuste do aluguel e não o IGP-M.

Com o IGP-M negativo, o que dá para fazer?

Com o IGP-M negativo, o momento é favorável para os inquilinos que têm contrato de locação com vencimento em maio, podendo utilizar a queda do IGP-M como argumento para pelo menos evitar um aumento no valor do aluguel. Para quem não tem contrato reajustado em maio, também é possível fazer negociações espontâneas a qualquer momento, mas é preciso ter bom senso.

Nas negociações, é importante levar em consideração fatores como o valor de mercado do imóvel e o preço médio do aluguel na região, que influenciam mais no valor do aluguel do que os índices de inflação. E fique atento(a): caso haja um acordo, é recomendado registrar o que foi acordado em um aditivo de contrato para garantir que o que foi conversado seja mantido.

De forma geral, no entanto, o momento não é vantajoso para quem pretende alugar um imóvel pela primeira vez ou mudar de residência, já que o preço do aluguel de residências apresentou uma alta nominal de 17,18% nos últimos 12 meses. Esse aumento é 3,7 vezes maior do que a inflação oficial, medida pelo IPCA, que foi de 4,65% nos últimos 12 meses encerrados em março, de acordo com o FipeZap+.




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