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Templo de R$ 260 milhões da igreja de Valdemiro é penhorado por dívida

Localizado no distrito de Santo Amaro (SP), o templo de R$ 260 milhões já está desocupado e pode ser penhorado.



O momento é delicado para o líder religioso Valdemiro Santiago. Em meio a escândalos envolvendo uma dívida milionária e golpes em família, a Justiça de São Paulo determinou a penhora do templo de R$ 260 milhões da Igreja Mundial do Poder de Deus em Santo Amaro, São Paulo.

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A decisão está ligada a um processo no qual a igreja foi condenada a pagar cerca de R$ 881 mil em aluguéis não pagos de um templo na cidade de Ubatuba, no litoral paulista.

O imóvel de Santo Amaro está avaliado em R$ 260 milhões, foi inaugurado em 2014 pelo apóstolo Valdemiro Santiago e é um dos maiores do país, com 46,9 mil metros quadrados de área construída. Com a crise financeira vivida pela igrema, o templo já está desocupado.

A igreja não negou a dívida na defesa apresentada à Justiça, mas declarou ser uma organização religiosa sem fins lucrativos que se mantém exclusivamente por meio de dízimos e doações. Disse também que suas despesas consomem integralmente sua renda e que, em razão de uma “dívida astronômica”, é alvo de mais de mil ações na Justiça. A ordem de penhora foi dada para tentar garantir o pagamento de cerca de R$ 70 mil referente aos honorários do advogado que representou a professora no processo.

Piscina, escritório e apartamentos: veja o que tem no templo de R$ 260 milhões

A Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada em 1998 por Valdemiro Santiago, costuma afirmar que é “público e notório” que vem enfrentando dificuldades financeiras, “principalmente pelo longo período de pandemia”.

“Todas as igrejas do Brasil foram compelidas a fechar as portas”, afirmou à Justiça. “Sem a realização de atividades religiosas, houve uma drástica diminuição da arrecadação, uma vez que os fiéis restaram impedidos de frequentar os templos.”

O templo em questão possui escritórios, apartamentos, auditório interno, salas de aulas e piscina, além de um terreno de 30 mil metros quadrados, com cerca de 57 mil metros de área construída e estacionamento coberto para mais de mil vagas para carros e motos.

Este é o segundo processo judicial em que a penhora do templo foi determinada. O imóvel já foi colocado à leilão em outros processos judiciais, mas a igreja conseguiu suspender o procedimento de venda fazendo acordos com os credores. Como a igreja não pode mais recorrer na justiça, a única ação legal possível é de questionar os cálculos da correção da dívida. O templo poderá ser leiloado, portanto.

O valor de R$ 260 milhões foi estimado pela CJR Engenharia em um laudo imobiliário encomendado pela própria igreja.




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