Alcoolismo e ansiedade: quando se juntam, é preciso ter muito cuidado!

Pessoas diagnosticadas com ansiedade ou depressão têm uma maior probabilidade de desenvolver sintomas de alcoolismo, revela pesquisa.



O alcoolismo e a ansiedade são uma dupla problemática que muitas vezes andam de mãos dadas. Um estudo recente publicado na revista Alcohol: Clinical & Experimental Research mergulhou nessa relação complexa para entender por que um potencializa o outro. Os resultados revelaram descobertas que podem nos ajudar a compreender melhor essas condições e desenvolver estratégias de tratamento eficazes.

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De acordo com a pesquisa, existe uma ligação entre o alcoolismo e a ansiedade. Pessoas diagnosticadas com ansiedade ou depressão têm uma maior probabilidade de desenvolver sintomas de alcoolismo. Da mesma forma, indivíduos que sofrem de alcoolismo também têm uma tendência aumentada de experimentar ansiedade. Essa interação entre as duas condições é complexa e pode variar de pessoa para pessoa.

Paradoxo do dano

O estudo se concentrou em um fenômeno chamado paradoxo do dano. Mesmo quando consomem a mesma quantidade de álcool, pessoas diagnosticadas com ansiedade ou depressão apresentam uma maior propensão a desenvolver sintomas de alcoolismo em comparação com aquelas sem essas condições.

Essa descoberta sugere que há fatores neurobiológicos em jogo, onde as alterações cerebrais causadas pelo alcoolismo se sobrepõem às neurodesregulações associadas à ansiedade e à depressão.

Os pesquisadores também destacaram que alguns indivíduos podem ser geneticamente predispostos a desenvolver essas condições. Além disso, há evidências de que a ansiedade clínica ou a depressão podem levar a mudanças neurobiológicas duradouras que aumentam a vulnerabilidade ao alcoolismo.

Como o alcoolismo se manifesta?

O alcoolismo pode se apresentar em diferentes graus, variando de leve a grave, e pode exibir uma variedade de sintomas. Alguns sinais comuns incluem dificuldade em controlar a quantidade de álcool consumida, forte desejo de beber, falha em cumprir responsabilidades importantes, entre outros.

O álcool afeta o cérebro de várias maneiras. Por exemplo, ele estimula a ativação de neurotransmissores como o Gaba, que ajudam a relaxar, proporcionando um alívio temporário. Além disso, estimula a liberação de dopamina e endorfina, substâncias responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. No entanto, o consumo excessivo pode comprometer funções cognitivas, aumentar comportamentos impulsivos e interferir na memória, afetando o julgamento e a coordenação motora.

É fundamental buscar assistência médica se você estiver enfrentando esses problemas. Procure um profissional de saúde e discuta suas preocupações, ou converse com sua família para obter apoio. Juntos, vocês poderão escolher o tratamento mais adequado.




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