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Do preço dos alimentos até à saúde: os perigos do El Niño que poucos conhecem

Fenômeno natural pode acarretar em consequências econômicas, com a alta do preço dos alimentos e doenças tropicais; Entenda.



Furacões no Atlântico, ciclones no Pacífico. Essas são apenas algumas das consequências do El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico. E, ao que tudo indica, o fenômeno natural vem forte este ano. Além disso, atrelado à aceleração do aquecimento global, deve haver recorde de temperaturas máximas em todo o planeta.

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A previsão é que o El Niño, que se iniciou este mês, se estenda até agosto.

Alerta

A Organização Meteorológica Mundial, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), destaca uma pesquisa da revista Science que demonstra danos econômicos de US$ 84 trilhões neste século, mesmo que as promessas de corte de emissões de gases do efeito estufa se cumpram. Nesse sentido, os prejuízos viriam da perda de safras devido a secas, além da escalada de doenças tropicais. Portanto, a perspectiva de países tropicais, como, por exemplo, o Brasil, é ainda pior.

Ao que tudo indica, influenciado pelo El Niño, o Brasil passará por períodos de estiagem, ao mesmo tempo em que haverá uma maior instabilidade, podendo ocorrer eventos como inundações e alagamentos. Na prática, esse cenário também causa transtornos como deslizamentos de terra, além da incidência de doenças tropicais, uma vez que tais ações têm ligação com alterações no que se convencionou chamar de “normalidade climática”.

Brasil

O país hoje tem uma atividade agrícola muito forte em quase todo o território nacional e, por isso, o regime adequado de chuvas é fundamental. Com o El Niño, o setor deve sofrer. Contudo, a distribuição desse efeito tende a ser assimétrica e concentrada em indivíduos em maior situação de fragilidade social.

Em suma, é importante destacar que o El Niño e as mudanças climáticas são vistos como elementos separados, porém um reforça ao outro. Isso porque, em um contexto de aquecimento global, por exemplo, os fenômenos do El Niño serão amplificados, gerando impactos sociais. Na prática, a necessidade de lidar com o desastre vai trazer consequências inclusive para os preços das mercadorias, afetando toda a população.

Mudanças climáticas

Além dos fenômenos naturais, há uma série de questões que o ser humano pode intervir para tentar frear as mudanças climáticas. Isso porque, hoje a principal fonte de mudança climática é justamente o desmatamento, seguido da emissão de metano pela pecuária, setores que seguem em expansão em território brasileiro. Na mesma linha, o consumo de combustíveis fósseis também tem grande impacto.

O controle de tais pontos depende de uma ação coordenada entre governos estaduais, federais e mesmo órgãos internacionais. Além disso, as sociedades civil e empresarial precisam se comprometer para que os problemas não se agravem. Por fim, será necessário adaptar a vida em sociedade às mudanças climáticas. Afinal, a temperatura vai subir e os eventos climáticos serão cada vez mais frequentes. O caminho está mesmo na adaptação e preparação de soluções com base na natureza.




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