‘Não vou me desesperar’, diz Bolsonaro sobre julgamento que pode torná-lo inelegível

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma julgamento da ação que pode tornar o ex-presidente inelegível por oito anos.



O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira (27) o julgamento da ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, ele falou sobre o assunto e discutiu possibilidades.

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“A tendência, o que todo o mundo diz, é que eu vou me tornar inelegível […] Eu não vou me desesperar. O que que eu posso fazer?”, disse à jornalista.

Bolsonaro voltou a dizer que é “imbrochável”, neologismo criado para se referir ao próprio desempenho sexual. Seria o oposto de brochar, que segundo o dicionário Michaelis significa “perder a potência sexual”.

“Eu sou imbrochável até que se prove o contrário. Vou continuar fazendo a minha parte”, acrescentou.

Bala de prata

Segundo o ex-presidente, ele possui uma “bala de prata” para as eleições de 2026, ou seja, alguém que pode reverter a situação. Entretanto, ele se recusou a revelar nomes.

“Por enquanto… Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar”, afirmou.

Durante a entrevista, Bolsonaro não descartou o apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas embora tenha elogiado o governador de São Paulo como gestor, ponderou que precisaria “conversar com ele”.

Sobre a possibilidade da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) se tornar candidata, o ex-presidente diz que ela até poderia, mas falta experiência. “Para ser prefeito de cidade pequena já não é fácil. Lidar com 594 parlamentares não é fácil também. Eu acredito que ela não tem experiência para isso. Mas é excelente cabo eleitoral”, acrescentou.

Ainda sobre reverter sua inelegibilidade no futuro, ele pontuou que “conhece a composição das Cortes superiores”. Como elas mudam ao longo dos anos, Bolsonaro acredita na possibilidade.

Ação de inelegibilidade

A análise da ação que pode tornar o ex-presidente inelegível por oito anos está marcada para começar às 19h. A sessão começará com a leitura do voto do relator, ministro Benedito Gonçalves.

O ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por, durante uma reunião com embaixadores, ter criticado as urnas eletrônicas e tentado espalhar informações falsas sobre o processo de votação.




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