A Guarda Suíça Pontifícia, responsável por proteger o Vaticano e o Papa, está enfrentando dificuldades para encontrar novos recrutas e manter as tradições centenárias do menor país do mundo.
Leia também: Xô, burocracia: ESTES países permitem a estadia de brasileiros sem visto
Por lá, o exército se prepara diariamente no quartel da Guarda Suíça Pontifícia, onde a disciplina é rígida e os soldados se exercitam por pelo menos quatro horas por dia.
O início desse ciclo é marcado pela cerimônia de juramento dos novos recrutas, que ocorre anualmente no dia 6 de maio, no Pátio de São Dâmaso, no Vaticano. Os jovens alabardeiros prestam juramento de lealdade ao Papa, prometendo protegê-lo e seus sucessores com coragem e fidelidade, mesmo que isso signifique sacrificar suas vidas.
E nesse sacrifício e no salário considerado baixo para o cargo na Europa moram as dificuldades para conseguir candidatos.
Veja regras para o exército do menor país do mundo
Para ser um guarda suíço, é necessário cumprir critérios como ter feito o serviço militar na Suíça, altura mínima de 1,74 m, idade entre 19 e 30 anos, ser católico e solteiro. Para melhorar as condições de acomodação, o quartel da Guarda Suíça Pontifícia passará por uma reforma financiada por uma fundação suíça.
No entanto, como visto, o recrutamento enfrenta desafios devido à remuneração considerada baixa na Europa, além da diminuição do número de jovens nascidos na Suíça nas últimas décadas.
Para incentivar a adesão, foram adotadas medidas como permitir que os soldados se casem após cinco anos de serviço e cobrir as mensalidades escolares dos filhos dos guardas.
Apesar dos esforços, ainda é difícil encontrar jovens qualificados e dispostos a servir o Papa por vários anos.
A título de curiosidade: os uniformes da Guarda Suíça são elaborados sob medida, com cores inspiradas na família do papa Clemente 7º, e os guardas utilizam armas antigas, como espadas e alabardas, além de armas de fogo modernas para garantir a segurança do pontífice.