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Autoridades em alerta! Organização quer escanear a íris do mundo todo

Projeto liderado pelo criador do ChatGPT gera preocupações nas autoridades ao propor o escaneamento das íris de toda a população mundial.



Uma nova empresa está preocupando diversos países simultaneamente por querer escanear a íris da população “para o bem da humanidade”. O ousado projeto é da Worldcoin, uma organização que tem o plano de coletar dados biométricos de mais de 8 bilhões de pessoas em todo o mundo, oferece um incentivo de cerca de R$ 250 para os usuários que permitem que um dispositivo capture a imagem de seus olhos.

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A polêmica iniciativa foi lançada em julho por Sam Altman, o CEO da empresa por trás do robô ChatGPT. O executiva afirma buscas criar um “passaporte digital” por meio do escaneamento das íris, a fim de diferenciar humanos de robôs de inteligência artificial no futuro.

No entanto, essa ideia futurista despertou preocupações e levou até a suspensão do projeto pelo governo do Quênia, onde mais de 350 mil pessoas já haviam se cadastrado, dada a popularidade da proposta por lá, por conta do pagamento em dólar. Autoridades reguladoras de dados na França, Alemanha e Reino Unido também estão investigando a iniciativa de perto.

Projeto de escanear a íris da população já estava no Brasil

No Brasil, a Worldcoin havia disponibilizado locais de atendimento em São Paulo. No entanto, esses locais de coleta não estão mais em funcionamento atualmente. A organização afirmou que essa ação foi apenas um teste e não revelou quantas pessoas se cadastraram durante o período.

O projeto da Worldcoin é ousado e ainda bastante complexo. Ele inclui a criação de um “passaporte digital” chamado World ID, que transforma o registro da íris em uma sequência numérica. Além disso, a empresa distribui uma criptomoeda chamada Token Worldcoin (WLD) como recompensa para os inscritos, e um aplicativo chamado World App permite transações usando essa criptomoeda.

No mundo todo, mais de 2,2 milhões de pessoas já tiveram suas íris escaneadas desde maio de 2021, quando o projeto ainda estava em fase beta, de acordo com a própria Worldcoin. No entanto, críticos do projeto apontam a falta de transparência sobre como a empresa trata os dados dos usuários.

Embora a organização alegue que a foto da íris é convertida em um código numérico que identifica o usuário e seja apagada imediatamente, há preocupações sobre a possibilidade de uso indevido das informações coletadas.

No nosso país, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) afirmou que vai avaliar a conformidade da plataforma com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), especialmente porque o tratamento de dados biométricos é um tema previsto para regulamentação em sua agenda. Você aceitaria ter sua íris escaneada dessa forma?




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