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Mais etanol anidro na gasolina: o que isso muda para o consumidor?

Governo federal pode elevar o percentual de etanol anidro permitido na mistura da gasolina, gerando impactos para os brasileiros.



O governo federal deve autorizar em breve o aumento no percentual de etanol anidro permitido na mistura da gasolina. Oito anos após a última mudança, a quantidade permitida deve subir de 27,5% para 30%, visando reduzir a emissão de gases causadores de efeito estufa.

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Mas a decisão também tem potencial de impactar o bolso do consumidor, já que a autonomia gerada pelos dois combustíveis é diferente. Uma das consequências previstas é uma queda no consumo dos veículos.

O aumento ainda não foi autorizado, mas deve ocorrer de maneira gradual e transparente após autorizado pelo Planalto. Além da questão ambiental, o governo também aponta fatores como o incentivo aos produtores e à indústria sucroenergética brasileira como pontos positivos da mudança.

Consequências

Para o consumidor professor de Engenharia Mecânica do Centro Universitário Anhanguera, Genovan Marlos Oro, os donos de carros flex não devem sentir tanto a mudança porque seus veículos são fabricados para rodar com os dois combustíveis. Já os proprietários de automóveis movidos somente à gasolina deverão ficar mais atentos.

“Teoricamente não há problema, mas é necessária a realização de testes para comprovar se haverá danos à vida útil do veículo”, afirma.

Um dos possíveis efeitos é o carro reconhecer o combustível como somente gasolina ou só como etanol. “Apenas testes em laboratório podem mostrar como o veículo vai reagir à alteração”, explica Oro.

Uma coisa é certa: o consumo deve aumentar, já que a maior presença de etanol reduz a autonomia do produto. “Pode sim perder um pouco de autonomia, porque acaba elevando a taxa de etanol e consequente de água, prejudicando a explosão. Teoricamente o sistema se adaptaria a nova mistura para manter uma linearidade no consumo, mas é bom a realização de testes para uma opinião conclusiva”, acrescenta o especialista.

As discussões indicam que a gasolina aditivada deve manter o padrão de 25% de etanol. Também existem análises em relação à possível queda nos preços do derivado de petróleo, já que o etanol é mais barato.




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