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Parcelamento sem juros pode acabar após encerramento do rotativo, diz Abrasel

Segundo o presidente da entidade, o fim do crédito rotativo pode aumentar a taxa do parcelamento que hoje não tem juros.



O fim do rotativo do cartão de crédito, proposta estudada pelo governo federal e instituições financeiras, pode acabar com o parcelamento sem juros no Brasil. O alerta é do presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci Jr.

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Em entrevista à CNN, ele afirmou que a perda de receita gerada pela queda dos juros cobrados dos inadimplentes do cartão de crédito não pode ser compensada pelos bancos, o que elevará a tarifa das compras parceladas sem juros.

“Não estava claro o custo disso para o pequeno e para o médio comerciante. Aleijar o parcelado sem juros, tentar acabar com ele, seria muito danoso para todo o comércio”, alerta.

Segundo ele, o prejuízo deve ser absorvido pelos bancos, e não repassado aos donos de pequenos e médios negócios. Solmucci Jr. afirma que o grupo não tem acesso a linhas de crédito vantajosas para seguir disponibilizando o parcelamento de itens de valor mais alto.

“Nós propomos concorrência, não que eles sejam compensados com tarifa. O que não dá é para fazer tarifa escondida, garantir o lucro dos bancos em prejuízo dos bancos e do consumidor”, defende.

“O grande varejista acaba arrumando linha de crédito própria com os bancos e oferecendo. O pequeno que vai vender, por exemplo, um celular parcelado em 10 vezes? Ele não vai ter esse crédito disponível e vai ser usado um grande fornecedor, um grande banco”, completa.

Fim do rotativo

Na última quinta-feira (10), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autarquia estuda acabar com o crédito rotativo, oferecido ao cliente quando ele não pode pagar o valor total da fatura do cartão até a data de vencimento. O objetivo da medida é combater a inadimplência.

Em junho, a taxa do rotativo chegou a 437,3% ao ano, a mais alta do país e uma das principais responsáveis pelo endividamento dos brasileiros.

Um dos possíveis caminhos avaliados é o parcelamento direto da dívida com juros de cerca de 9% ao mês, o mesmo do cheque especial. Hoje, a taxa do rotativo gira em torno de 15% ao mês.




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