A primavera começou no dia 23 de setembro, mas boa parte dos brasileiros continua sofrendo com a onda de calor que chegou ao país na metade do mês, ainda durante o inverno. A péssima notícia para quem espera um alívio nas temperaturas é que isso ainda pode demorar algum tempo para acontecer.
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Segundo boletim da empresa de meteorologia Climatempo, novas ondas de calor devem ocorrer ao longo da estação, que vai até o dia 22 de dezembro. Os especialistas afirmam que é “altamente provável” que outros fenômenos como o atual sejam registrados no país.
“Temperaturas até mais elevadas do que as que serão observadas esta semana podem ocorrer ao longo do mês de outubro”, diz a Climatempo.
Um dos responsáveis pelo aumento dos termômetros durante a primavera é o El Niño, fenômeno climático que dificulta a entrada do ar das frentes frias no Brasil. Ele também reduz a ocorrência de chuvas, mantendo o ar aquecido no país.
“A onda de calor se forma com o tempo seco, com aumento da insolação, o que favorece um sistema de alta pressão. Isso não só inibe o desenvolvimento de nebulosidade, como aumenta a temperatura das massas de ar, o que provoca as altas que estamos observando”, explica Daisy Moraes, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Alerta do Inmet
O Inmet publicou um alerta de “grande perigo” para a onda de calor, com validade até às 18 horas desta terça-feira (26), quando as temperaturas devem ficar até 5ºC acima da média. O tempo quente e seco prejudica principalmente os estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Até a próxima quinta-feira (28), oito capitais devem registrar recordes de temperatura. Brasília (35ºC) e Palmas (40ºC) atingiram os picos na última segunda-feira, enquanto Cuiabá (43ºC), Campo Grande (39ºC) e Goiânia (39ºC) devem sentir o maior calor do ano nesta terça.
Na quarta, recordes são esperados em Vitória (37ºC) e São Luís (34ºC), enquanto na quinta é a vez de Aracaju (32ºC).