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Este traço de personalidade pode estar ligado à demência, diz estudo

Estudos têm descoberto conexões notáveis entre características específicas da personalidade e nosso bem-estar cerebral a longo prazo.



Se você acredita que personalidade e saúde mental não estão relacionadas, pense de novo! Estudos recentes têm descoberto conexões notáveis entre características específicas da personalidade e nosso bem-estar cerebral a longo prazo.

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Porém, não é apenas uma questão de “ser otimista” ou “não ser pessimista”. Estamos falando de traços que muitas vezes são aceitos como padrões de comportamento e não são considerados um risco. Mas será que eles são?

O peso da personalidade no nosso cérebro

A American Psychological Association, por meio de uma publicação no Journal of Personality and Social Psychology, trouxe à tona um tema preocupante.

Se você é daqueles que estão sempre tensos, ansiosos e preocupados, cuidado: o estudo aponta que indivíduos neuróticos têm maior probabilidade de experimentar um declínio cognitivo.

Não é só uma má notícia. Há um lado positivo nisso! Pessoas conscientes e equilibradas, que exibem altos níveis de autodisciplina e organização, apresentam riscos consideravelmente menores de desenvolver demência.

E como isso funciona?

A personalidade vai além de simplesmente definir se você é reservado em uma celebração ou o primeiro a animar-se no salão. Ela atua como uma bússola interna que influencia nosso modo de pensar e agir durante toda a nossa existência.

Pessoas meticulosas tendem a evitar soluções ou alívios temporários, como substâncias ilícitas ou bebidas, graças à sua natureza organizada e disciplina própria.

Por outro lado, aqueles com uma inclinação neurótica, frequentemente voltados para situações de estresse e inquietação, podem recorrer a tais soluções, as quais estão ligadas a uma redução no tamanho do cérebro e a outros indicativos de deterioração mental.

Mergulhando no estudo

Esse estudo não foi uma tarefa pequena. Com dados coletados de avaliações anuais durante quase 20 anos de aproximadamente 2.000 adultos, os pesquisadores tiveram material suficiente para analisar a correlação entre personalidade e demência.

Os participantes foram avaliados não apenas em suas características de personalidade, mas também em aspectos biológicos e neurofisiológicos.

E os resultados? Bem, eles foram tão reveladores quanto alarmantes. O estudo descobriu que aqueles com pontuações mais altas em consciência tinham um risco menor de comprometimento cognitivo.

Por outro lado, os com pontuações elevadas em neuroticismo mostraram o oposto, com um risco significativamente maior de avanço no comprometimento cognitivo. E, em relação à extroversão, os resultados foram mixados.

Enquanto não protegeu especificamente contra o declínio cognitivo, mostrou-se benéfico para aqueles que já estavam em estágios de comprometimento, sugerindo uma possível busca ativa por ajuda.

A reflexão final

A pesquisa acende uma luz sobre a importância de compreendermos a nós mesmos.

Enquanto nos esforçamos para manter uma alimentação saudável e um estilo de vida ativo, também é crucial reconhecer e gerenciar aspectos de nossa personalidade que podem ser silenciosamente prejudiciais à nossa saúde mental.

Reconhecer é o primeiro passo para uma mudança positiva. E, como sempre, buscar ajuda quando necessário é fundamental.




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