Adorado por uns e odiado por outros, o horário de verão tem sido motivo de debate entre políticos e brasileiros desde a sua suspensão em 2019. Com o início do novo mandato de Lula (PT), muitos acreditaram que a medida voltaria já neste ano; no entanto, a área técnica do Ministério de Minas e Energia informou que o horário de verão não é necessário em 2023, conforme mostram os estudos feitos pela pasta.
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O horário de verão consiste em adiantar o relógio em uma hora no Centro-Sul brasileiro, com o intuito de aumentar o aproveitamento da iluminação natural durante o verão. Nesta estação, os dias são mais longos e as noites mais curtas. Com isso, há uma redução no uso de energia e, consequentemente, a diminuição do risco de apagões.
Apesar disso, o nível dos reservatórios das hidrelétricas devem acabar o mês de setembro acima dos 70% no Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, conforme o que foi mostrado pelos dados divulgados pelo Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS). Assim, a situação dos reservatórios é suficiente para garantir o fornecimento de energia para o país, sem a necessidade do retorno do horário de verão neste ano.
Por que o horário de verão foi suspenso?
O horário foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas. Apesar disso, a medida só foi adotada anualmente a partir de 1985, seguindo até 2018. A suspensão já era proposta desde o governo de Michel Temer, porém a decisão só foi feita, de fato, com a gestão de Jair Bolsonaro, em 2019.
Como justificativa para a suspensão, o Governo Federal apontou na época que a mudança no relógio afetava negativamente o relógio biológico dos brasileiros. Além disso, o governo acreditava que a medida estava sendo tomada também “sob o ponto de vista do setor elétrico”. Isso, porque as mudanças no padrão de consumo de energia alteravam o pico do consumo.
Por fim, em novembro do ano passado, uma enquete realizada no perfil no X (ex-Twitter) do presidente Lula mostrou que 66,2% dos usuários são a favor da volta do horário de verão. Em contrapartida, os demais 33,8% são contra. Ao todo, a enquete contou com 2,3 milhões de votos em 24 horas.