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Alerta: graças ao aquecimento global, vírus perigosos podem voltar à ativa

O alerta é do virologista Jean-Michel Claverie, que aponta o derretimento de permafrost siberiano e a liberação de vírus. Entenda aqui.



Informações divulgadas mostram que vírus mortais adormecidos há milhares de anos em permafrost, na Sibéria, podem voltar a “reviver”. O alerta é do virologista Jean-Michel Claverie. Os patógenos presos podem voltar a aparecer e gerar catástrofes, tudo isso devido ao aquecimento global e ao derretimento do local.

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Mais detalhes revelados pela Folha de São Paulo destacam que, devido ao aumento da temperatura do planeta, que será de 1,2°C até 2030, o Ártico poderá não ter mais gelo no verão, segundo as projeções dos cientistas. Com o clima quente, mais gases de efeito estufa serão liberados, impactando o permafrost siberiano.

No local, já foram detectadas bactérias que estão adormecidas há 50 mil anos.

Estamos vulneráveis a todo tipo de vírus?

A equipe do virologista divulgou pesquisas sobre uma série de vírus antigos dessa área. Todos eles continuam infecciosos. Claverie afirma que o avanço do descongelamento do permafrost torna tudo muito propício à liberação de micróbios, bactérias e vírus. E essa não é a primeira vez que a situação acontece.

O aumento das temperaturas já causou a morte de uma criança, além de milhares de renas, pois, durante o verão da Sibéria, em 2016, o clima quente acabou ativando os esporos de antraz, resultando em dezenas de infecções. Outra equipe de cientistas revelou, em julho desse ano, uma publicação cujo conteúdo apontava a possibilidade de organismos multicelulares continuarem vivendo em estado metabólico inativo, em um permafrost.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em alerta com a situação.

A porta-voz Margaret Harris afirmou que a organização conta com 300 cientistas para analisar bactérias e vírus que podem desencadear pandemias e epidemias, incluindo as liberadas pelo permafrost e o seu processo de descongelamento.

Virologista realizou pesquisas sobre o tema

Ainda segundo as informações, Jean-Michel Claverie já realizou pesquisas em 2014 que mostram que os vírus retirados do permafrost podem voltar a ativa, sim. O seu trabalho envolveu apenas componentes que infectavam amebas, para garantir a segurança humana e contaminação acidental; no entanto, ele percebeu que a gravidade da ameaça à saúde pública, conforme o indicado pelos resultados, tinha sido subestimada.

Em 2019, mais testes foram realizados com novos 13 novos vírus de amostras do permafrost siberiano. Os resultados da sua pesquisa foram divulgados no ano passado. No artigo, o pesquisador ressalta que uma infecção viral antiga pode ter efeitos “desastrosos”.




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