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Garrafas PET vão valorizar? Estudo cria sorvete de plástico e 100% comestível

O melhor? Sabor baunilha!



Cientistas estão trabalhando duro em novas maneiras de reaproveitar o plástico que é descartado no nosso dia a dia. A reciclagem do material agora tomou um rumo surpreendente. Ele se tornou comestível, em forma de sorvete sabor baunilha.

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O projeto é conhecido como Guilty Flavours (“sabores sem culpa”, em tradução livre para o Português). Ele foi o trabalho final de alunos da Central Saint Martins da Universidade das Artes de Londres. A ideia era utilizar a digestão como forma de eliminar o plástico para todo o sempre.

A responsável pela ideia foi a designer italiana Eleanora Ortolani, que trabalhou em parceria com a biotecnologia Dra. Joanna Sadler, da Universidade de Edimburgo. Também participaram do projeto quatro colaboradores: Hamid Ghoddusi, professor na Universidade Metropolitana de Londres, Steve Pearce, da Omega Ingredients, Douglas McMaster, chef do restaurante lixo-zero “Silo”, e Paula Corsini, pesquisadora da Central Saint Martins.

Juntos, criaram processos bioquímicos para tornar o plástico consumível. Usando resíduos de plástico PET – sim, os mesmos usados em garrafas de refrigerante! – criaram um extrato de baunilha sintético e consumível para os seres humanos.

Motivação

A ideia para o Guilty Flavours veio da insatisfação da própria Eleonora com o sistema de reciclagem. Afinal, há um limite de transformação de resíduos em novo produtos. Então, chega um ponto que acaba-se gerando lixo novamente.

Então, ela pensou em transformar o plástico em algo que fosse metabolizado para sempre. E, assim, surgiu a ideia de fazer um alimento.

Mas pode comer o sorvete de plástico… mesmo?

O extrato de baunilha criado pela designer e pela biotecnologia é feito a partir de petróleo bruto. A equipe conseguiu encontrar uma forma de quebrar as moléculas e sintetiza-las em vanilina, modificando a bactéria Escherichia coli.

O resultado é praticamente idêntico ao extrato sintético de baunilha, inclusive tem o mesmo cheiro, segundo a designer.

Eleonora Ortolani/Tom Mannion/University of the Arts London/Reprodução

Mas, sobre comer… Aí já é outro departamento. Órgãos de segurança alimentar têm restrições sérias sobre isso e estudos precisam ser feitos para saber se é saudável mesmo. Então, até lá, o sorvete não pode ser provado.

Ele está exposto em uma geladeira na Central Saint Martins.




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