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Por que a cafeína não te deixa ligado? A genética pode ter a resposta

Enquanto alguns têm um impulso imediato de energia com café, outros podem sentir sono mesmo após uma caneca inteira. Qual a explicação?



O aroma fresco e revigorante de uma xícara de café é algo que muitos de nós amamos. Por anos, recorremos a bebida para nos acordar, nos manter focados ou simplesmente aproveitar um momento tranquilo.

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Porém, enquanto alguns sentem um pique imediato de energia após o primeiro gole, outros, por mais estranho que pareça, podem beber uma caneca inteira e ainda sentir sono. Mas por que isso acontece?

A experiência do café não é a mesma para todos

A forma como reagimos ao café é profundamente influenciada pelos nossos genes. O CYP1A2, um gene específico, desempenha um papel fundamental na determinação da sensibilidade do corpo à cafeína.

Ele controla a enzima que quebra a substância em nosso sistema. Dependendo da variante desse gene, o corpo pode metabolizar a cafeína rapidamente, lentamente ou até ser “ultralento”, conforme explica Ahmed El-Sohemy, da Universidade de Toronto.

A duração da cafeína em nosso corpo

A meia-vida da cafeína varia entre duas a oito horas. Para alguns, o corpo leva apenas duas horas para eliminar metade dela, enquanto para outros, pode levar oito.

E não é apenas a velocidade de metabolização que importa: a forma como a cafeína interage com os receptores de adenosina em nosso cérebro também faz diferença. Seu número e sensibilidade, influenciados pela genética e pelo consumo habitual, determinam o grau de alerta ou relaxamento que sentimos após o consumo.

Efeitos do café além do sono

A cafeína não apenas determina se ficamos alerta após o café. Estudos têm mostrado que a forma como metabolizamos a cafeína pode afetar nossa saúde cardiovascular e até mesmo nossa performance física.

Curiosamente, metabolizadores rápidos de cafeína tendem a ter melhores performances após a ingestão, enquanto metabolizadores lentos podem ter seu desempenho comprometido.

Além da genética

A resposta do corpo à cafeína não é apenas uma questão de genética. Fatores externos, como contraceptivos orais ou hábitos como fumar, também desempenham um papel.

Os contraceptivos podem aumentar a sensibilidade à cafeína, enquanto fumar acelera o metabolismo da substância. Além disso, pessoas com TDAH podem ter uma resposta única devido ao funcionamento de seus cérebros.




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