Nas redes sociais, muitas vezes nos retratamos de uma maneira que queremos que o mundo nos veja. É uma janela para nossas vidas, onde compartilhamos risadas, aventuras, paixões e até os simples momentos do dia a dia. Mas, você já parou para pensar que cada foto, cada filtro escolhido e cada interação poderiam revelar algo mais profundo sobre nosso estado emocional?
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Cientistas das universidades de Harvard e Vermont, nos Estados Unidos, foram além da superficialidade das postagens e mergulharam numa investigação intrigante: Será que o Instagram pode oferecer pistas sobre a saúde mental de seus usuários? E a resposta, ao que parece, é um “sim”.
Entenda o estudo e seus resultados
O estudo analisou meticulosamente os perfis do Instagram de 166 indivíduos, dos quais 71 já tinham um diagnóstico de depressão. E o que eles encontraram foi notável.
Fotos postadas por indivíduos deprimidos apresentavam tons mais azulados, escuros e com uma inclinação para o cinza. Essas imagens contrastavam fortemente com as postagens alegres e coloridas dos outros participantes.
Mas não era só isso. A escolha de filtros também desempenhava um papel. Enquanto a maioria de nós pode brincar com filtros para aprimorar uma imagem ou dar um toque artístico, os participantes deprimidos pareciam ter uma preferência notável pelo filtro Inkwell.
Para quem não está familiarizado, esse filtro transforma imagens coloridas em preto e branco, talvez refletindo um mundo que, para eles, parece menos colorido.
E quanto às pessoas nas fotos? Aqui, também, havia um padrão. Os perfis de indivíduos deprimidos tinham mais chances de mostrar rostos, mas curiosamente, com menos pessoas presentes em cada foto. Esse fato nos faz refletir sobre a solidão e o isolamento que muitas pessoas com depressão frequentemente sentem.
A pergunta que fica é: qual é o verdadeiro impacto dessa descoberta? Bem, para os pesquisadores, o Instagram e plataformas semelhantes poderiam se tornar ferramentas valiosas no diagnóstico precoce e rastreio de doenças mentais.
Em um mundo onde a depressão continua sendo uma das maiores causas de incapacidade, identificar e ajudar aqueles que sofrem em silêncio é mais crucial do que nunca.
