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Superando humanos? Este é o animal que aprende mesmo sem ter cérebro

Parece improvável, mas é pura realidade e ocorre bem debaixo de nossos olhos, no fascinante mundo das águas-vivas.



Quando pensamos em inteligência e capacidade de aprendizado, instantaneamente associamos a um sistema cerebral bem estruturado. Mas e se dissermos que um organismo com apenas algumas células nervosas, sem um cérebro central, é capaz de aprender com seus erros?

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Parece improvável, mas é pura realidade e ocorre bem debaixo de nossos olhos, no fascinante mundo das águas-vivas.

Aprendizado na simplicidade: o inusitado caso da cubomedusa

A espécie em questão, a cubomedusa Tripedalia cystophora, é uma pequenina água-viva que, mesmo sem um centro cerebral, tem uma capacidade admirável de aprender e se adaptar.

Seus 24 olhos complexos são seus aliados na caça e na identificação de obstáculos.

O experimento

Pesquisadores da Universidade de Copenhagen se debruçaram em entender essa capacidade de aprendizado.

Em uma simulação envolvendo listras de diferentes contrastes, observaram como as águas-vivas se comportavam. Inicialmente, as colisões eram frequentes, mas com o tempo, o número de erros caía pela metade.

Isso sem falar que bastavam entre três a cinco falhas para que o comportamento do animal mudasse.

Uma lição evolutiva

As águas-vivas pertencem ao grupo dos cnidários, parentes próximos dos bilaterados, que inclui seres como nós, humanos.

O fato de um organismo tão simples exibir capacidades de condicionamento reforça a ideia de que o aprendizado é um traço fundamental, trazendo benefícios evolutivos desde os primórdios da vida.

Os estudos agora se voltarão para identificar as exatas células responsáveis pelo aprendizado do animal. Descobrindo como essa memória funciona, os cientistas esperam lançar luz sobre o funcionamento geral da memória nos seres vivos.

Implicações para a medicina

Se um ser sem cérebro pode aprender, o que isso nos diz sobre a memória? A esperança é que, ao entender mais sobre esses mecanismos de memória simplificados, possamos encontrar formas de combater problemas como a demência.

O que essa pequena água-viva nos mostra é que a natureza é cheia de surpresas. Onde menos esperamos, surgem lições e descobertas que desafiam nosso entendimento sobre a vida e sua complexidade.




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